O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é investigado na Operação Lava Jato por supostamente pedir R$ 1,5 milhão ao dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, para financiar a campanha política de seu filho, Renan Calheiros Filho, ao governo de Alagoas.
Quem faz a acusação é o próprio Pessoa em delação premiada. O dinheiro, repassado para o diretório do PMDB em Alagoas, teria como troca a intercessão do senador em favor da empreita na contratação do consórcio da obra de Angra 3.
No acordo, a propina seria de R$ 30 milhões para o PMDB, sendo R$ 3 milhões para dividir entre Calheiros e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), sempre para financiar a campanha dos filhos. “Há indicativos de que tais contribuições tratam-se de vantagens indevidas solicitadas por integrantes da alta cúpula de partidos políticos em razão de mero fechamento de contrato com diretoria cujo cargo é ocupado por pessoa supostamente indicada pelo referido partido”, diz a Polícia Federal.
Para a PF, a denúncia pode embasar “os delitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro”. Renan e Jucá negam envolvimento no esquema, que teria sido negociado em um jantar no Hotel Emiliano, em São Paulo, ainda segundo o empresário.
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