Procurador-geral pede investigação sobre o ministro da Educação

O presidente interino Michel Temer com o ministro Mendonça Filho - Foto: Lula Marques/ AGPT
O presidente interino Michel Temer com o ministro Mendonça Filho – Foto: Lula Marques/ AGPT

Depois de perder três ministros devido às investigação da Operação Lava Jato, o governo interino de Michel Temer começa a se preocupar com a situação do titular da pasta da Educação, Mendonça Filho (DEM). Nesta sexta-feira (17), após a retirada de sigilo de um dos processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, descobriu-se que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu em janeiro deste ano a abertura de uma investigação para apurar se o atual ministro da Educação recebeu uma propina de R$ 100 mil da UTC em 2014, disfarçada de doação eleitoral.

De acordo com a Procuradoria, foi encontrada uma imagem arquivada num dos celulares de Walmir Pinheiro, ex-diretor da UTC, “identificando o partido Democratas e informando dados bancários de uma conta para doações de campanha eleitoral para o ano de 2014, havendo manuscrito de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e do nome do Dep. Mendonça Filho”. 

Segundo Janot, é “curioso” observar que “a UTC Engenharia efetuou doação de R$ 100 mil ao Diretório Nacional do DEM no dia 5 de setembro de 2014 e outra quantia de igual valor em 5 de agosto de 2014”, escreveu Janot. “Assim, por estarmos diante de elementos indiciários de possível pagamento de propina para a campanha do citado parlamentar federal”.

A afirmação de Janot foi feita ao Supremo em 26 de janeiro. A assessoria do ministro disse que ele foi “procurado por interlocutores da UTC oferecendo doação legal no valor de R$ 100 mil”, mas respondeu que não queria a doação: “Se a empresa quisesse doar para o partido o fizesse”. Segundo Mendonça, a doação foi feita de forma legal e está registrada na prestação de contas do partido.

Além de Mendonça Filho, outro assessor de Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Segundo o jornal O Globo, Geddel teria sido citado na delação premiada de Fábio Cleto, um dos ex-vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, que foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.


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