O presidente do PSDB e senador Aécio Neves (MG) era o cabeça de um esquema envolvendo distribuição de propina nos mesmos moldes instalados na Petrobras, mas em Furnas, uma empresa brasileira de economia mista subsidiária da Eletrobras.
É o que afirma o lobista Fernando Moura em delação premiada ao Ministério Público Federal em Curitiba na última quarta-feira (3). “É um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio”, diz reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Moura afirma que o propinoduto era comandado por Dimas Toledo, “única indicação” de Aécio Neves a uma diretoria na de Furnas aceita pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ao assumir o cargo, teria dito ao delator: “Não precisa nem aparecer aqui. Vai ficar um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio”, em referência às propinas.
Questionado, o PSDB afirmou, por meio de nota, que a declaração era “requentada e absurda” e que a citação a seu presidente era uma “velha tentativa de vincular o PSDB aos crimes cometidos no governo petista”: “O senador Aécio Neves não conhece o lobista, réu confesso de diversos crimes, e tomará todas as providências cabíveis para desmontar mais essa sórdida tentativa de ligar lideranças da oposição aos escândalos investigados pela Operação Lava Jato”.
Já o advogado de Dimas Toledo, Marco Moura, disse em nota que as informações são “absolutamente inverídicas”. “Dimas Toledo foi funcionário de carreira de Furnas por mais de 35 anos, exercendo cargos executivos em razão de sua qualificação técnica, tendo ocupado a diretoria da empresa a pedido do seu então presidente, e não por indicação política.
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