PSDB e DEM também negociaram doações ilegais com empreiteira da Lava Jato

Suspeito, senador  Agripino Maia discursa no plenário - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Fotos Públicas
Suspeito, senador Agripino Maia discursa no plenário – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Fotos Públicas

Focada em desvendar falcatruas do atual governo na Petrobras, os investigadores da Polícia Federal acabam tropeçando em negociações escusas envolvendo membros da oposição. Desta vez, a suspeita recai sobre políticos graúdos de DEM e PSDB, que pediram dinheiro à empreiteira OAS para suas campanhas eleitorais.

Os pedidos foram feitos diretamente ao ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, por mensagens de celulares, os mesmos apreendidos pela Polícia Federal em uma de suas apreensões no âmbito da Operação Lava Jato, informa o jornal Folha de S.Paulo.

Pelo PSDB, Jutahy Júnior (BA) enviou duas mensagens em 2014. Na primeira mensagem diz que “caso seja possível gostaria da sua ajuda para Varjão [funcionário da OAS] completasse o combinado”. Em outra, agradece: “Entreguei hoje minha prestação de contas da minha campanha sem débitos. Mais uma vez obrigado pela grande ajuda”.

No DEM, os alvos são seu próprio presidente, o senador Agripino Maia (RN), e o deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Em julho de 2012, Agripino manda o recado: “Com quem Romero, tesoureiro do partido, deve se contatar para transmitir os dados do DEM nacional? Grato por tudo. Abs”. Já Rodrigo Maia é mais direto: “A doação de 250 vai entrar?”, questionou em setembro de 2014.

Outro Lado

Questionados, os três políticos negaram as acusações. Eles afirmam que todas as doações foram oficiais e registradas na Justiça Eleitoral.


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