PT encomenda pesquisa para entender rejeição ao partido

Passeata desce em direção à Praça da Sé, na região central de São Paulo. Foto: Vinícius Mendes
Passeata contra PT no dia 15 de novembro, em São Paulo. Foto: Vinícius Mendes

O Partido dos Trabalhadores (PT) vai tentar mapear – por meio de pesquisas qualitativas – as causas do ódio ao petismo que se alastrou pelo país e hoje está escancarada na maior cidade do País, São Paulo, palco de recentes protestos pedindo a volta dos militares ao poder e o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (24) pelo jornal O Estado de S. Paulo, o partido vai contratar a empresa Marissol, que já trabalhou com o PT durante as eleições, para fazer a pesquisa.

A consultoria deve apresentar uma proposta de questionário inicial ao partido que, depois de aprovado, será a base do trabalho com os eleitores a partir de então. Ainda de acordo com o jornal, os resultados da pesquisa serão usados para debates no Congresso Nacional do partido, que acontecerá em junho, em Salvador, na Bahia.

Apesar do mapeamento, a diretoria do PT já tem algumas ideias do que pode ter aumentado a rejeição ao partido e quando isso aconteceu: segundo conclusões de dirigentes, o fenômeno começou nas manifestações de junho do ano passado, quando os partidos políticos foram expulsos de alguns atos. Em seguida, esse comportamento continuou na campanha presidencial e, principalmente, após a vitória de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves (PSDB). A existência do ódio ao petismo é culpa, em maior grau, dos escandâlos de corrupção que aconteceram durante os governos do partido, como o Mensalão, em 2005.

A reportagem também afirma que o partido pretende aumentar os filtros para novas filiações, que hoje estão na casa do 1 milhão de pessoas. “Temos que selecionar com cuidado. Além disso, temos que debater formas de distanciamento em relação ao governo”, disse Florisvaldo Souza, secretário nacional de Organização do PT.


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