No poder central desde 2003, o PT agora tenta ser varrido do Palácio do Planalto por uma oposição que, no “tapetão” tenta tomar o poder. O erro do partido? Não ter feito a reforma política quando Luiz Inácio Lula da Silva ainda governava o Brasil. A consequência foi que o PT terminou muito parecido com os rivais: “se lambuzou”. Quem faz a avaliação é o ex-governador da Bahia e atual ministro-chefe da Casa Civil, o petista Jaques Wagner, o número 2 da República.
Wagner, de 64 anos, diz que não há dúvidas de que seu partido errou. “Errou ao não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo Lula. E aí não mudou os métodos do exercício da política.”
Ele se refere especialmente à regra do financiamento privado para campanhas eleitorais, derrubada este ano. “E aí acabou reproduzindo metodologias. Talvez porque nunca foi treinado para isto, deve ter feito como naquela velha história: ‘Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza’”, comparou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O ministro diz, no entanto, que o “tapetão” do impeachment pretendido pela oposição será “enterrado”. A razão? “Impopularidade não é crime.”
Sobre o ajuste fiscal, diz que muita gente em Brasília torcia o nariz para a metodologia do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Não quero personalizar, porque é óbvio que as coisas têm o arbítrio dela [Dilma]. Mas não sou só eu, tem uma porção de gente que acha que foi apagando o incêndio, e isso era uma obsessão, sem dizer para onde iríamos. Não sei se foi exagerado, mas o momento é de modular.”
Deixe um comentário