Empolgada com a decisão da presidenta Dilma Rousseff de colocar Nelson Barbosa no lugar de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, a cúpula do PT decidiu encostar o governo na parede e pedir uma série de medidas econômicas de viés progressista. A intenção da sigla é recuperar o apoio da esquerda, enfraquecido ao longo do ano pelas medidas econômicas liberais do governo, marcado pelo arrocho fiscal e desaquecimento da economia.
Uma das recomendações será a concessão de crédito para micro e pequenas empresas e um plano nacional de defesa do emprego. A União contaria com o BNDES como patrocinador dos principais projetos.
Outra sugestão, diz o jornal Folha de S.Paulo, é usar títulos da dívida ativa para financiar obras. A ideia é vender os papéis a bancos privados com desconto. As instituiçõees pagariam o governo à vista e lucrariam ao cobrar essas dívidas de terceiros.
No Imposto de Renda, a tabela teria uma faixa nova, com alíquota de 40% para os que ganham mais de R$ 100 mil por mês e isenção para salários até R$ 3.800. Ainda na ceara de quem tem dinheiro, a cúpula petista pede um imposto semelhante ao IPVA para jatinhos e helicópteros.
Separação
Para a base no governo, o apoio ao governo vai desaparecer de vez se a presidenta insistir em temas como a reforma da Previdência. Os próprios dirigentes do partido afirmam que militantes saíram às ruas em nome das bandeiras de esquerda e não do governo Dilma. “Deve ter alguém da oposição infiltrado no Palácio do Planalto. Tirar direito de trabalhadores e aposentados agora é colocar lenha na fogueira do impeachment”, afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
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