Rede suspeita pode ter financiado ilegalmente campanha de Campos à Presidência

Campanha de Eduardo Campos sob suspeita - Foto Hélio Campos Mello/Brasileiros
Campanha de Eduardo Campos sob suspeita – Foto Hélio Campos Mello/Brasileiros

O PSB negou na noite de terça-feira (21), em nota, que tenha havido corrupção na campanha eleitoral do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Segundo a 
Operação Turbulência, deflagrada ontem pela Polícia Federal, um esquema de lavagem de dinheiro, formado por uma rede de empresas e cerca de 30 pessoas de Pernambuco e Goiás, financiou as campanhas de Campos em 2010, em sua reeleição ao governo de Pernambuco, e de 2014, quando concorria à Presidência da República.

No comunicado, o partido diz “ter plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco”, que morreu em agosto de 2014 quando o avião onde estava caiu em Santos, litoral paulista.

O ponto de partida da investigação foi o avião Cessna Citation PR-AFA, usado por Campos na campanha presidencial. Naquele mesmo ano, João Carlos Lyra, empresário apontado como um dos líderes do esquema, e que foi preso ontem, já tinha afirmado que havia comprado o avião, mas chamou a atenção da polícia o fato de que nenhum valor partiu dele pessoalmente. “Detectamos que o dinheiro que saiu para comprar o avião partiu de empresas de fachada e pessoas vinculadas a esse dono, também presos hoje na Operação Turbulência”, afirmou a delegada Andréa Pinho.

Já o PSB defende-se dizendo que o partido apoia a apuração das investigações “e reafirma a certeza de que, ao final, não restarão quaisquer dúvidas de que a Campanha de Eduardo Campos não cometeu nenhum ato ilícito”, diz a nota, assinada por Carlos Siqueira, presidente nacional da legenda.

*Com Agência Brasil


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