“Evidente que isso precipitou reações em todas as órbitas: no PMDB, no governo, nos partidos da sustentação, nos partidos da oposição, o que significa em outras palavras, em bom português, que não foi um bom movimento.” Esta da frase é do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o rompimento de seu partido com o governo da presidenta Dilma Rousseff.
Para ele, o ato foi precipitado e provocou um efeito cascata negativo.
Renan tem posição contrária à da maioria do partido, assim como alguns ministros que ainda permanecem no governo. Questionado se, por isso, o partido está desunido, Renan disse que não. “O PMDB demostrou uma férrea unidade na convenção quando elegeu Michel Temer em chapa única. De modo que demostrou que pode sim construir, como sempre construiu, a unidade na diversidade.”
Sobre como ficaria a relação entre o governo e o PMDB caso o processo de impeachment não tenha êxito, Calheiros disse que não acredita em um acirramento maior. “A direção do PMDB fala pelo partido. Não acredito que o PMDB, seja qual for cenário, vá liderar uma corrente de oposição no parlamento. A maioria parlamentar está tão difícil e será muito mais difícil ainda se dela se ausentar o PMDB.”
Questão de ordem
Calheiros disse ainda que até o fim da próxima semana vai responder à questão de ordem apresentada pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que pede que o presidente do Senado devolva a proposta do Palácio do Planalto que dá status de ministro a Jaques Wagner.
No mesmo dia da posse do petista no novo cargo, o governo editou a MP 717/16 que cria o cargo de ministro-chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República. O cargo substitui o de chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, que não tinha o status de ministro. Com informações da Agência Brasil.
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