O senador norte-americano Bernie Sanders, que foi pré-candidato do Partido Democrata à Casa Branca neste ano, defendeu que o governo de Barack Obama adote uma posição forte contra o impeachment de Dilma Rousseff: “Estou profundamente preocupado com o atual esforço para tirar do cargo a presidente democraticamente eleita do Brasil, Dilma Rousseff. Para muitos brasileiros e observadores o controverso processo de impeachment mais parece um golpe de Estado”.
Sanders criticou o presidente interino, Michel Temer, por abolir os ministérios da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e a Secretaria de Política para as Mulheres e por ter escolhido só homens brancos para seu gabinete: “Após suspender a primeira presidente mulher do Brasil por motivos duvidosos, sem mandato para governar, o novo governo interino aboliu o ministério das mulheres, igualdade racial e direitos humanos. Eles imediatamente substituíram uma administração diversa e representativa por um gabinete composto inteiramente por homens brancos”, disse o senador.
“O novo governo não eleito anunciou rapidamente a imposição de austeridade, aumento de privatizações e instalação de uma agenda social de extrema-direita”, acrescentou. Na opinião do senador, os EUA deveriam defender oficialmente a realização de novas eleições como solução para a crise política brasileira: “O esforço para remover Rousseff não é um julgamento legal, mas político. Os EUA não podem ficar em silêncio enquanto as instituições democráticas de um de nossos mais importantes aliados são minadas. Precisamos nos levantar pelas famílias trabalhadoras do Brasil e demandar que essa disputa seja resolvida com eleições democráticas”, concluiu o senador por Vermont.
Desde a votação no Senado que afastou Dilma, em maio, o governo do presidente Barack Obama evitou tomar uma posição oficial a favor da presidente afastada ou de Temer.
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