O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), perdeu apoio do Palácio do Planalto, do PMDB e do Centrão (bloco parlamentar informal no Congresso) em sua tentativa de manter o mandato. Seus antigos aliados agora o pressionam para que renuncie ao cargo de presidente da Câmara.
Líderes do Centrão avaliam ser possível vencer a votação sobre o processo que pesa contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, prevista para terça-feria (14), e aprovar uma pena mais branda, como suspensão por três meses. Para isso, contam com o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), que não assume publicamente a defesa da cassação do mandato.
De acordo com o portal UOL, Cunha vê a preservação de seu mandato como a única forma de não ser preso. Ele teme que seus processos sejam remetidos à primeira instância e fiquem sob os cuidados do juiz Sergio Moro.
O medo do PMDB e do Planalto é que Cunha, num gesto de vingança, faça acusações contra Temer e o partido. No Planalto, a avaliação é de que Cunha se tornou um fator que só atrapalha o governo.
No último dia 9, a mulher de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, virou ré na Lava Jato por decisão de Moro. Como resposta, o deputado mandou mensagens a integrantes do Centrão dizendo que não pode abrir mão do mandato porque o juiz federal promoveria um “cerco” a ele e a sua família.
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