Telegramas produzidos por embaixadas brasileiras e divulgadas a partir da Lei de Acesso à Informação revelam detalhes sobre viagens internacionais caras, grandes comitivas e dinheiro extra para as viagens do então vice-presidente Michel Temer.
Os documentos, revelados pelo jornal Folha de S.Paulo, dão detalhes sobre os R$ 328 mil que o governo gastou em três dias de viagem oficial – sem contar despesas com aviões e diária dos servidores – do agora presidente interino a Istambul, a maior cidade da Turquia.
As mordomias custaram o trabalho de um fotógrafo turco exclusivo ao valor de US$ 944, o aluguel de duas salas no hotel para reuniões e entrevistas por US$ 4.000 e US$ 2.100. Tudo pago com “solicitações de recursos” pedidos pelo embaixador Marcelo Jardim ao Itamaraty, em Brasília, que precisou assumir os custos.
Mas o que mais chamou a atenção foi o aluguel dos veículos da comitiva, que incluiram duas Mercedes Benz, seis BMW, quatro vans Sprinter, dois Mondeo e um caminhão-baú para bagagens, tudo por US$ 21 mil. Já as três diárias em um quarto duplo no hotel Conrad saiu por US$ 16 mil (R$ 52 mil).
Entre 2011 e 2016, foram 15 viagens internacionais, incluindo uma a Nova York na qual o cônsul-geral do Brasil, Seixas Corrêa, precisou pedir US$ 45 mil (R$ 145 mil) ao Itamaraty para cobrir o aluguel na Peniel Limousine Service, “por critério do menor preço”. Uma de suas atividades foi ir a um concerto da Orquestra Filarmônica Bachiana no Lincon Center.
Outro lado
Ao jornal, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou que o então vice “sempre procurou economizar recursos públicos em seus deslocamentos ao exterior” com o intuito de trazer investimentos ao Brasil.
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