A votação do impeachment mal foi digerida pela população e o vice-presidente Michel Temer já articula sua equipe ministerial. Ele e seus auxiliares devem escolher alguns nomes e distribuir convites ainda nesta segunda-feira (18), antes mesmo de o Senado receber a decisão da Câmara dos Deputados, que ontem votou favoravelmente à admissão do impedimento da presidenta Dilma Rousseff.
Algumas pastas inegociáveis ficariam na cota de Temer, todas estratégicas: Justiça, Fazenda, Casa Civil, Defesa, AGU, Itamaraty e Secretaria de Governo.
Já as pastas sociais devem sofrer. O maior golpe pode atingir Educação e Cultura, informa o jornal Folha de S.Paulo. Temer recebeu de aliados a proposta – já estuda por ele – de fundir os dois ministérios, tirando o protagonismo de duas áreas cruciais.
Na área econômica, Desenvolvimento Agrário se fundiria à Agricultura, enquanto Fazenda e Planejamento poderiam ficar na cota do PSDB, que indicaria os nomes. O senador José Serra (PSDB-SP) tenta ficar com alguma pasta, embora o presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), resista a integrar um governo de legitimidade frágil.
O mineiro também não gostaria de ver seu nome eclipsado por Temer, que saiu das sombras para assumir o protagonismo do “golpe”, nas palavras do governo.
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