A expectativa era uma coletiva de imprensa para anunciar medidas econômicas. O presidente interino, Michel Temer, preferiu fazer um comunicado. A medida, além de evitar perguntas da imprensa sobre seu ex-braço direito Romero Jucá, que caiu na segunda-feira (24) após a divulgação de uma gravação em que promete barrar a operação Lava Jato. Temer usou sua fala para negar a intenção de interromper as investigações, propôs limitar a redução das despesas governamentais e disse que segue uma “missão” divina.
Temer iniciou seu discurso negando sua intenção de acabar com a Lava Jato, embora o grampo de seu ex-ministro indique o contrário. “Não estamos tentando dificultar nenhuma investigação e, pelo contrário, vamos incentivá-las.”
Em tom informal, quase confessional, o interino se considerou um instrumento de uma “missão” divina para ajudar o País. “Deus colocou [essa situação] na minha frente para cumprir essa missão para que eu ajude a tirar o Brasil da crise.” Ele reafirmou que colocar o País nos trilhos “não será num prazo de 12 dias, três meses”. “Vamos levar tempo, mas se chegarmos juntos a 2018 e pudermos entregar o Brasil uma Nação Tranquila…”, disse. “Preciamos pacificar o País, que não pode ficar nessa situação.”
Reformas
Depois dessas considerações, Temer anunciou parte do pacote que pretende melhorar a economia do Brasil. “R$ 7 bilhões ao ano” será a economia que o País terá com sua reforma previdenciária, disse, sem entrar em detalhes. Ele também pretende limitar os gastos públicos limitando as despesas primárias à inflação do ano anterior. “As despesas públicas se encontram em uma trajetória insustentável. Lá na frente teremos condenado à sociedade”, afirmou.
Outra ideia é aprovar priorizar a aprovação de projetos no Congresso. Um deles pretende acabar a nomeação de dirigentes de estatais e fundos de pensão. “Serão pessoas tecnicamente preparadas. São regras que vão preparar o País para o futuro”, prometeu.
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