Proibida de usar avião oficial para viajar o Brasil para defender seu mandato, a presidenta Dilma Rousseff mandou um recado para o presidente interino, Michel Temer, por meio de seu advogado, José Eduardo Cardozo: ele encaminhou para o presidente do Senado, Renan Calheiros, e para o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, uma petição na qual afirma que as restrições ao uso do avião oficial constrangem e prejudicam sua defesa e que qualquer ameaça à segurança de Dilma será de responsabilidade do interino.
No pedido, Temer é responsabilizado porque a mudança nas regras partiu de uma área técnica da Casa Civil, que publicou um parecer restringindo esses deslocamentos com aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) entre Brasília e Porto Alegre, cidade de seus familiares.
Segundo o texto, “qualquer situação que viole sua segurança pessoal” será de total responsabilidade do presidente interino. Apesar das restrições, Dilma continuará viajando. Vai pagar do próprio bolso por via terrestre ou aviões de carreira.
Essa não foi a única restrição do governo interino, que cortou, na quarta-feira passada (1º), o “cartão de suprimento” usado para comprar comida para o Palácio da Alvorada. Além de alimento, o dinheiro era usado para custos com a manutenção do local em que Dilma permanece enquanto está afastada de suas funções.
A Secretaria do Governo afirmou que houve apenas uma “interrupção provisória” até o recebimento de parecer jurídico sobre os direitos da petista. Já na noite de sexta-feira (3), no entanto, o cartão estava liberado.
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