O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), e de dois ex-assessores do governo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, ex-Casa Civil, e Fernando Padula, ex-Secretaria da Educação. A informação é do Estadão.
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A decisão foi do desembargador Sérgio Rui da Fonseca. Os três são investigados na Operação Alba Branca, que apura um esquema de desvio de recursos e superfaturamento de merendas escolares compradas pelo governo Alckmin e que atingiu ao menos 22 prefeituras do Estado de São Paulo. O desembargador pediu também a quebra de sigilo de outras nove pessoas que estariam envolvidas.
Fonseca autorizou a abertura de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) contra Capez, Luiz Roberto dos Santos, Padula e integrantes da cooperativa Coaf, principal acusada de fraudar a merenda em São Paulo, por corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e organização criminosa.
Depois de semanas com o nome no noticiário sob a acusação de se beneficiar da máfia da merenda, Capez decidiu conceder as primeiras entrevistas nessa segunda-feira. Como esperado, culpou o seu assessor Jéter Rodrigues, que teria usado seu nome para obter vantagens com a cooperativa Coaf, e disse que não poderia “responder” pelos atos de seus funcionários.
Propinoduto
O propinoduto envolve gente do primeiro escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), como o deputado estadual e hoje presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) Fernando Capez, e o ex-secretário da Educação, Herman Voorwald. Também são citados nas delações o ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, o secretário tucano Duarte Nogueira (Logística e Transportes), os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), além do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). Todos negam as acusações.
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