Durante a maratona feminina, que percorreu neste domingo (14) as ruas da cidade do Rio, parte do público protestou contra o governo do presidente interino Michel Temer. Os cerca de 42 quilômetros da prova tiveram vários trechos em que a população podia assistir gratuitamente. Nesses trechos abertos ao público, grupos se organizaram para protestar, também com faixas contra a Rede Globo.
A estudante de direito, Ingride Figueiredo, que participou do protesto defende que os Jogos devem servir também para a manifestação política. “A Olimpíada também é política, se manifestar contextualiza os jogos, é um direito e um dever. É nossa obrigação fazer essa comunicação com os outros países, mostrando exatamente o que a população está vivendo, não apenas o que se mostra na mídia”, declarou. “Gosto da ideia do espírito olímpico, mas também representa muito dinheiro envolvido, muita empresa lucrando”, completou.
O funcionário público Walter Cecchetto Filho segurava uma das faixas contra o governo interino. “Estamos todos aqui querendo o melhor para o País, e se tudo der certo vamos reverter esse golpe no Senado”, declarou, em referência ao processo impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, que tramita no Senado.
A maratona foi vencida pela queniana Jemima Sumgong, que completou a prova em 2h24min4seg. A prata ficou com a bareinita Eunice Kirwa (2h24min13) e o bronze com a etíope Mare Dibaba (2h24min39).
Ruas interditadas
Várias ruas foram interditadas para a maratona, sem prejuízo para o trânsito. O serviço do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) teve esquema especial com as paradas São Bento, Candelária, Sete de Setembro e Carioca, sem embarque e desembarque no período. O esquema montado para este domingo será o mesmo para o dia 21, data da maratona masculina.
*Com Agência Brasil
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