“Se os três promotores paulistas, Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique estavam visando os holofotes com o pedido de prisão de Lula, conseguiram. Conquistaram principalmente os espaços de chacotas nas redes sociais, ao citarem Marx e Hegels, em vez de Marx e Engels.” É assim que começa seu texto o jornalista Washington Luiz Araú, colaborador da Brasileiros, para o blog Bem Blogado.
“O já cômico, porém trágico, pedido de prisão de Lula me lembrou entrevista que eu fiz com Nadir Helou, esposa do arquiteto Farid Helou, que lutou contra a ditadura ao lado de Marighella.
Na entrevista, para a Revista Brasileiros, Nadir conta o caso em que a polícia política invadiu seu apartamento para prender seu marido e apreender provas: “Os policiais começaram a vasculhar tudo. Em cima do piano do meu filho tinha uma estatueta do Marx. Os policiais perguntaram para o Farid quem era. Ele respondeu: ‘Beethoven’. Os policiais lá sabiam diferenciar Marx de Beethoven? Nem eu. E ficou o Marx em cima do piano.”
Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão que viveu entre 1770 e 1831 e ficou conhecido por criticar o Iluminismo e fundar a “filosofia da modernidade por excelência”. Enquanto Friedrich Engels viveu entre 1820 e 1895 e é um teórico revolucionário também alemão que se juntou a Karl Marx para fundar o chamado socialismo científico ou marxismo.
A matéria a que ele se refere diz: “A família possuía dois apartamentos, um na rua Cincinato Braga, na região da Avenida Paulista, e outro na rua das Camélias, na Vila Mariana. No primeiro imóvel, Farid promovia reuniões com ativistas. No outro, morava com a família. Nem por isso deixava de fazer encontros políticos na casa onde vivia com a mulher e filhos, que também frequentavam o aparelho (jargão para local clandestino) da rua Cincinato Braga, para assistir televisão.”
Leia a íntegra: brasileiros.com.br/7mAc1
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