A história do Partido dos Trabalhadores também é composta por mulheres, que em seus 35 anos de existência tiveram um papel importante na política nacional.
Entre as mulheres que marcaram o PT, algumas já deixaram o quadro, e outras continuam no partido. Mas os feitos que fizeram enquanto estavam na sigla permanecem como: a primeira prefeita eleita para uma capital (Maria Luiza Fontenele), a primeira prefeita de São Paulo (Luiza Erundina), a primeira mulher eleita para o Senado pelo Estado de Alagoas (Heloísa Helena), etc. Graças a elas, foi possível acreditar que um dia o País seria presidido por uma mulher, o que aconteceu em 2010, quando Dilma Rousseff foi eleita para o cargo.
Com diferentes trajetórias, cargos, e reivindicações, até hoje elas têm o mesmo desafio: atuar na política, uma área que no Brasil, ainda segue com uma forte predominância masculina.
Veja abaixo alguns exemplos dessas mulheres e suas atuações na política, assim como no PT:
Gleisi Hoffmann é o alvo? – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marta Suplicy: Senadora por São Paulo, está no partido desde a fundação. Foi deputada federal, senadora e ministra da Cultura e do Turismo de 2012 a 2014. Foi também prefeita de São Paulo, quando criou o bilhete único para o transporte público e os Centros Educacionais Unificados (CEUs). Desde que deixou o ministério da Cultura, vem criticando tanto o partido quanto o governo Dilma Rousseff – Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Heloísa Helena: primeira mulher eleita por Alagoas para o Senado Federal (1998), Heloísa opôs-se à política neoliberal do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2003, foi expulsa do PT, junto de outros membros do partido, devido a discordâncias sobre a condução da economia adotada pelo governo do presidente Lula. O grupo, na sequência, fundou o Psol (Partido Socialismo e Liberdade) – Foto: Reprodução/Facebook/Heloisa-Helena
Maria do Rosário: hoje deputada federal pelo Rio Grande do Sul, Maria do Rosário filiou-se ao partido em 1993. Desde então, foi vereadora, deputada estadual e federal. Ministra da Secretaria de Direitos Humanos durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, ela apoia as investigações sobre as violações de direitos humanos durante a ditadura militar (1964-85). Antes de se filiar ao PT, integrou os quadros do PCdoB – Foto: Valter Companato/Agência Brasil
Benedita da Silva: em 1994, Benedita foi a primeira mulher negra eleita para o Senado Federal. Em 2002, assumiu o governo do Rio de Janeiro, após Anthony Garotinho renunciar ao cargo para concorrer à Presidência da República. Ainda foi deputada federal e assumiu secretarias no governo de Lula e do governador Sérgio Cabral Filho. Nas eleições de 2014, foi reeleita deputada federal – Foto: José Cruz/Agência Brasil
Marina Silva: em 1986, filiava-se ao PT, pelo qual foi vereadora, deputada estadual e senadora. No cargo de ministra do Meio Ambiente (2003-1008), entrou em conflito com outros integrantes do governo Lula, pela disputa entre interesses econômicos e preservação ambiental. Deixou o partido em 2009 e passou pelo PV. Foi duas vezes candidata à Presidência, pelo PV e PSB. Hoje, está no PSB, mas tenta criar sua própria agremiação política, a Rede – Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Luiza Erundina: hoje no PSB (Partido Socialista Brasileiro), Erundina é uma das fundadoras do PT e está em seu quinto mandato como deputada federal. De 1989 a 1993, foi prefeita de São Paulo, em gestão marcada por ações nas áreas de educação, saúde, habitação e direitos humanos. Deixou o PT em 1997, na sequência de uma série de atritos internos, iniciados quando se tornou ministra de Administração Federal do presidente Itamar Franco (1993-1995) – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Dilma Rousseff – 2015. Foto: Laycer Tomaz/ Câmara dos Deputados/Fotos Públicas
Maria Luiza Fontenele: primeira mulher eleita prefeita de uma capital de Estado brasileiro (Fortaleza, Ceará). Em 1985, assumiu a prefeitura submersa em dívidas e enfrentou uma greve geral dos servidores municipais. Antes de o mandato chegar ao fim, ela foi expulsa do partido, juntamente com mais 927 filiados que a apoiavam, porque o partido creditava que a administração era um desastre – Foto: Reprodução/Youtube
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