Com a agenda internacional repleta, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira vai fazer um bate-volta aos Estados Unidos para votar em Dilma Rousseff. Ele acaba de chegar a Annandale-on-Hudson, onde participa de um seminário no Levy Economics Institute até a próxima sexta-feira (25). No sábado, o economista retorna para São Paulo, vota no Colégio Miguel de Cervantes, e arruma as malas mais uma vez. É que na segunda-feira (27) Bresser-Pereira parte para viagem de mais de um mês, com compromissos na Alemanha, Chipre, Itália e França.
Aos 80 anos, Bresser-Pereira nem cogitou a possibilidade de encurtar a viagem, voando direto dos Estados Unidos para a Europa. “Votei em Dilma uma vez, no primeiro turno, e vou votar de novo”, afirma. Um dos fundadores do PSDB e ex-ministro do governo FHC, o economista foi um dos mais aclamados intelectuais no ato pró-Dilma Rousseff que aconteceu esta semana no teatro Tuca, em São Paulo.
Bresser-Pereira se afastou do PSDB em 2011, por considerar que o partido tinha dado uma guinada para a direita. Antes de embarcar para os Estados Unidos, ele disse à Brasileiros que estava confiante na reeleição da presidenta: “Ainda no debate da Record, ficou muito claro para mim que ela será reeleita. Vi que a demonização que a direita fez da Dilma e do PT era um absurdo. O demônio não estava ali, definitivamente. Estava uma mulher muito séria, muito responsável, em desacordo com o outro candidato”, afirmou Bresser-Pereira. “São dois projetos diferentes. O da Dilma, progressista e nacionalista. O outro é um projeto conservador, dependente.”
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