O ator Wagner Moura é mais um dos que se manifestam contra o governo interino de Michel Temer (PMDB-SP) e a extinção do Ministério da Cultura. Em texto que escreveu para os jornais O Estado de S.Paulo e Zero Hora, Moura diz que a eliminação da Pasta, que agora passa a ser uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação, é “só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse governo ilegítimo”. O pior, segundo ele, ainda está por vir.
O ator alerta para o desmonte de leis trabalhistas, a extinção da Secretaria dos Direitos Humanos, assim como da Igualdade Racial e Secretaria da Mulher, que teriam se transformado em “puxadinhos” do Ministério da Justiça. “Tudo será comandado pelo cara que no governo Alckmin mandou descer a porrada nos estudantes que ocuparam as escolas e nos manifestantes de 2013. Sob sua gestão, a PM de São Paulo matou 61% a mais. Sabe tudo de direitos humanos o ex-advogado de Eduardo Cunha, o senhor Alexandre de Moraes”, escreve.
Moura defende a importância do Minc, que, “segundo o genial entendimento dos golpistas, era um covil de artistas comunistas pagos pelo PT para dar opiniões políticas a seu favor”: “Praticamente todos os filmes brasileiros produzidos de 93 para cá foram feitos graças à lei do Audiovisual. Como pensar que isso possa ter sido nocivo para o Brasil?! Como pensar que o país estará melhor sem a complexidade de um Ministério que cuidava de gerir e difundir todas as manifestações culturais brasileiras aqui e no exterior? Bradar contra o Minc e contra as leis (ao invés de contribuir com ideias para melhorá-las) é mais que ignorância, é má-fé mesmo”.
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