1. Os vencedores não eram mantidos sob segredo
Quando começou, em 1929, os indicados não precisavam esperar até a noite de premiação para saberem se iriam para casa com a estatueta ou não. Diferente das edições posteriores, os vencedores eram anunciados pela imprensa e meses antes da grande noite. Foi só em 1941 que os envelopezinhos selados vieram acrescentar drama e mistério.
2. A Academia é formada por bastante gente e até a Beyonce vota
O que Beyonce, Will Smith, Quentin Tarantino, Bruce Springsteen e Elton John têm em comum? Além de serem aquelas pessoas que você não hesitaria em chamar para o seu aniversário, eles também são membros ativos da Academia. Estão entre os mais de 6 mil integrantes, entre atores, produtores, diretores, roteiristas e os mais diversos profissionais ligados ao cinema. A função deles é a de escolher, inicialmente, quem irá concorrer em cada área e, mais tarde, decidir quem levará a estatueta para casa.
3. O Oscar já foi feito de gesso
Ok, a gente já sabe que nem tudo que reluz é ouro. Mas até períodos de crise atingiram o glamour hollywoodiano. Se hoje a estatueta pesa quase 4 quilos, é feita de uma liga de metal e banhada com ouro 24 quilates, nem sempre a história a favoreceu. Entre 1942 e 1945, devido à escassez de metais na época da Segunda Guerra Mundial, a Academia adotou medidas mais econômicas. Uma estatueta de gesso pintado foi a solução para ninguém ficar com as mãos vazias. Porém, depois da guerra, os vencedores puderam trocar a de gesso pelo Oscar de ouro.
4. Nem tudo é perfeito
Difícil segurar a barra do vestido, andar corretamente, acertar a pronúncia do nome do colega vencedor ou ainda fazer aquela cara de bom perdedor. Uma cerimônia como a do Oscar exige pelas probabilidades de Murphy (que rege aquela lei) que muitas coisas deem errado. E, eventualmente, dão. Configura a seguir algumas situações constrangedoras.
“Como assim eu não fui indicado?”
Pelo filme Tubarão, Spielberg estava crente de que ele seria indicado na categoria “Melhor Diretor” na 48ª edição do Oscar. Ele estava tão certo disso, que até convidou uma equipe de filmagem para registrar o que seria um grande momento de sua carreira. E até foi. No caso, um grande momento de frustração. Assistindo pela televisão o anúncio dos indicados daquele ano, Spielberg ficou chateadíssimo por não ter ouvido seu nome entre os de Milos Forman, Robert Altman, Fellini, Kubrick e Lumet. A expressão de tristeza de nosso amigo Spielberg é inconsolável. Veja no trecho a seguir:
“O que? Eu não ganhei? #$%&*”
O ano de 1998 era praticamente uma unanimidade para o filme de James Cameron, Titanic. (Ok, deixando de lado o fato de que Leonardo DiCaprio não foi sequer indicado. Desculpe, Leo). Confiante disso e, claro, em sua ótima atuação, Kate Winslet tinha a forte impressão de que ela levaria a estatueta para a casa.
Mas não foi o que aconteceu. Helen Hunt subiu ao palco para agradecer a todos, incluindo Jack Nicholson, pelo filme “Melhor é Impossível”. Kate ficou desconcertada. A primeira reação foi um “oh” de surpresa e depois uma cara um bocado amarga.
“Pelas barras do vestido”
Ao se direcionar para receber o Oscar de “Melhor Atriz” no ano passado, Jennifer Lawrence se atrapalhou com o vestido bufante e tropeçou na escada.
As clássicas mancadas do Oscar
Há algumas gafes que se tornaram lendárias na história do Oscar. Uma das mais reproduzidas é a do ator Humphrey Bogart, que tão certo de que seria vencedor por “Casablanca”, logo se levantou para buscar a estatueta que lhe era devida. O problema é que ele não chegou a escutar o anúncio completo que dizia o nome de “Paul Lukas” por “Horas de Tormenta”. Bogart já estava em pé e com um sorriso maroto no rosto. Para não ficar mais constrangedor ainda, o ator permaneceu em pé para aplaudir o colega.
Em 1952, a atriz Shelley Winters também deu uma de “Bogart”. Quando o apresentador do Oscar ia anunciar o prêmio de melhor atriz, Winter já se preparava para recebê-lo. Seu marido, na época Vittorio Gassman, prevendo a derrota, puxou a esposa para que ela se sentasse. Mas não foi nada discreto. Os dois caíram no chão e quem levou o Oscar foi a atriz Vivien Leigh, por “Um bonde chamado desejo”.
5. O maior roubo da história do Oscar
Os nomes dos vencedores até podem estar guardados sob extremo sigilo. Mas o mesmo parece não ser válido para as próprias estatuetas. No dia 10 de março de 2000, 55 ‘Oscars’ desapareceram de um depósito em Miami.Eles foram encontrados poucos dias depois em Los Angeles. Quem os achou foi um catador de lixo da cidade, que como recompensa pela devolução recebeu um cheque de 50 mil dólares.
6. “Eu também não tenho um Oscar”
Não é só Leonardo DiCaprio que não ouviu seu nome ser dito após a célebre frase “and the oscars goes to”. Alfred Hitchcock, por exemplo, só foi levar um Oscar póstumo e pelo conjunto da obra. Stanley Kubrick, Sidney Lumet e Akira Kurosawa também não ganharam nenhuma estatueta. Outros grandes atores como Gary Oldman, Brad Pitt, Joaquin Phoenix, Glenn Close, Mia Farrow e Julianne Moore também nunca ganharam.
7. Oscar? Tenho vários. Um de cada cor
Meryl Streep já levou três estatuetas para casa. Para esta edição, a atriz pode levar sua quarta, já que concorre por “Álbum de Família”. Ela é também a atriz mais indicada da história do Oscar, com 18 indicações. Já Katherine Hepburn, está um Oscar a frente, com quatro prêmios contabilizados. John Ford é, até então, o diretor mais premiado com quatro estatuetas também. Mas o maior recordista da história é Walt Disney, com 22 deles competitivos e quatro honorários.
8. Não vale o quanto pesa
Há no regulamento da premiação – um documento com mais de trinta páginas que destrincha todas as regras do Oscar – uma cláusula bem peculiar. Se na pior das hipóteses, um vencedor pretender vender sua estatueta, ele é obrigado a oferecer o penhor a própria Academia antes. E a um valor bem simbólico: 1 dólar. Um valor mais ajustado à época em que o Oscar era feito de gesso.
9. Onde estão as minorias?
O primeiro homem negro a ganhar um Oscar na história do cinema só subiu ao palco em 1963, quando Sidney Poitier venceu como melhor ator por “Uma Voz nas Sombras”. Mas anos antes, em 1940, a premiação teve entre as indicadas a primeira atriz negra. Hattie McDaniel, no papel de Mamy em “E o Vento Levou” não foi só indicada a atriz coadjuvante, como também ganhou. Porém, foi só 73 anos mais tarde, que a primeira mulher negra viria ganhar o Oscar de melhor atriz. Coube a Halle Berry ao vencer a disputa por “A Última Ceia”, em 2002. Outras atrizes também levaram o Oscar de atriz coadjuvante, foram Whoopi Goldberg, Jennifer Hudson e Mo’Nique. Como melhor ator, levaram Denzel Washington, Jamie Foxx e Forest Whitaker. Mulheres também não têm muito destaque, ainda, quando o assunto é a estatueta para melhor direção. Somente em 2012, que Kathryn Bigelow, ganhou o primeiro Oscar dado a uma mulher na categoria melhor diretor. Bigelow venceu por “Guerra ao Terror”, em 2012.
10. Por favor, seja breve
Convenhamos, a primeira vez que você ganhar um Oscar, se você não perder totalmente sua voz, você vai querer fazer um discurso de agradecimento que inclua desde os seus pais ao padeiro. Afinal, em um momento como esses, todo mundo é importante. Mas a Academia não concorda e limita o tempo de agradecimento a 45 segundos. Isso foi necessário para conter a verborragia dos vencedores, que como Greer Garson, se estendeu por quase 7 minutos ao agradecer pelo Oscar de melhor atriz em sua atuação de “Rosa de Esperança”, em 1943. Já para Joe Pesci bastaram dez segundos para ele suspirar e dizer “Foi um privilégio. Obrigado” quando recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por “Os Bons Companheiros”.
Lembrando que a 86ª edição do evento acontecerá no domingo, dia 2, em Los Angeles e será apresentada por Ellen DeGeneres.
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