1 – Walmor Chagas
Na primeira edição de Brasileiros, o ator, em entrevista ao jornalista Roberto Benevides, reflete sobre a solidão, a idade e o amor à Cacilda Becker, sua grande companheira de vida e dos palcos. Os depoimentos do ator, que escolheu viver na Serra da Mantiqueira, isolado do mundo, tangem o profundo e não deixam de tocar o Brasil. “Estou com saudade da minha solidão”, disse Walmor à Brasileiros, em 2007 – seis anos antes de falecer aos 82 anos, em 2013. Leia a entrevista completa.
2- Lula
Em dezembro de 2007, o então presidente Luiz Inácio da Silva conversou com nosso repórter especial Ricardo Kotscho para a sexta edição de Brasileiros. Em uma conversa entre amigos, Lula reavalia os cinco anos de mandato, as perspectivas otimistas para os próximos anos e toca em assuntos delicados, como a reforma política e tributária assim como a relação com o predecessor, Fernando Henrique Cardoso. Lula ainda revela sobre sua rotina, família e os conselhos de Dona Marisa. E com orgulho cita os avanços na área social de seu governo: “A grande missão de um dirigente que governa um país é fazer a máquina funcionar”. Leia a entrevista completa aqui.
3- Norberto Odebrecht
O fundador das Organizações Odebrecht, uma das maiores empresas de engenharia e construção do País, concede uma rara entrevista a repórter Cláudia Pinho para a 16ª edição da Brasileiros. Avesso a aparições públicas, Norberto, então com 88 anos, conta sobre sua rotina e o trabalho árduo que mesmo diante da idade não lhe impõe limites. O empresário ainda discorre sobre a educação, articula sobre o capitalismo, a seu ver, não democrático e defende o Brasil como o país que tem chance de ser o maior do mundo. Leia mais aqui.
Um dos fotógrafos mais importantes do fotojornalismo brasileiro conversa com Juca Kfouri, com quem ele cobriu quatro Copas do Mundo, Ricardo Cassolari, o cabeleireiro com alma de fotógrafo e com Hélio Campos Mello, diretor da Brasileiros para a 17ª edição da revista. Martinelli que já fotografou greves, revoluções, moda e futebol, relembra aqui os momentos definitivos de sua carreira, histórias de bastidores e a respeito da sobrevivência e o isolamento dos seus três anos vividos na Amazônia, anos que resultaram em seu livro GENTE X MATO. Relembre aqui essa polêmica entrevista concedida a Brasileiros.
5- Muricy Ramalho
Em uma tarde quente no bairro da Barra Funda, o técnico do São Paulo conversa com Fernando Figueiredo Mello, Hélio Campos Mello e Ricardo Kotscho para a edição número 20 da Brasileiros. O momento da entrevista talvez não fosse um dos melhores. Era terça-feira, 3 de fevereiro, de 2009 e entre um dia e outro, o São Paulo perdera por 2 a 0 para o pequeno Santo André, quebrando uma série invicta de 167 dias e 22 jogos. Mas Muricy, eleito melhor treinador do país em 2005, 2007 e 2008, chegou sorridente para uma conversa bem-humorada que durou 90 minutos e só parou porque o treino estava começando. Na entrevista, Muricy relembra os primeiros anos da carreira, a experiência como jogador do Puebla, time do México, o joelho operado aos 21 anos e até da experiência como proprietário de farmácias em São Paulo. Leia a entrevista completa e conheça mais sobre os causos que até soam engraçados para o universo do futebol.
6- Lygia Fagundes Telles
O jornalista Alex Solnik conversa com a escritora na 22ª edição da Brasileiros. Desde a infância que ela definiu como “luminosa” a juventude pobre e a incursão no mundo das Letras, Lygia fala com suavidade sobre a vida. Com preciosismo nos detalhes da memória, a escritora relembra das passeatas que participou contra Getúlio Vargas, das conversas com o escritor argentino Jorge Luis Borges, da relação com gatos e cachorros e do feliz casamento com Paulo Emilio Salles, com quem também escreveu o roteiro de Dom Casmurro e Capitu. Entre as lembranças que Lygia nos confidencia ainda estão os encontros com Clarice Lispector e a amizade com Mario de Andrade. Sobre o ato de escrever, descreve a inspiração como algo mediúnico e na entrevista completa também fala sobre a relação com o seu livro As Meninas, onde chorou ao terminar de escrevê-lo.
7- Tim Maia
Era 1995 quando os jornalistas Marcio Gaspar e Lauro Lisboa Garcia eram recebidos por Tim Maia para uma entrevista cujo mote era o lançamento do seu disco Nova Era Glacial. Na época, a maior parte desta memorável conversa com o músico, que morreria três anos depois, em 1998, permanecia inédita até a edição número 29 da Brasileiros. Em uma entrevista franca, Tim Maia não economiza o verbo e fala sobre Silvio Santos, Caçulinha, Marisa Monte, Jorge Ben e até Ed Motta, seu sobrinho. Da conturbada carreira musical, Tim se lembra das vezes que foi acionado por oito de seus músicos, além da relação sempre presente que tinha com seus advogados. A autenticidade, uma de suas maiores qualidades, você poderá conferir na entrevista completa.
8- Marcelo Freixo
O professor de história e deputado estadual conversa com nosso repórter Marcelo Salles para a 40ª edição de Brasileiros. Na entrevista, Freixo, que inspirou o personagem do ativista Fraga, de Tropa de Elite 2, fala sobre sua infância humilde, da educação rígida que recebeu dos pais e da militância em direitos humanos desde a adolescência. A trajetória de Freixo é ainda marcada pela primeira eleição, em 2006, quando disputou o cargo para deputado estadual do PSOL e foi eleito com apenas 13 mil votos. Já na reeleição, vencia com 177 mil votos, o segundo mais votado em todo o Estado. Seu mandato foi responsável pela implantação da CPI das Milícias, que investigou e pediu o indiciamento de mais de 200 pessoas no Rio de Janeiro, além de propor 58 iniciativas para o combate desses grupos criminosos. Toda a entrevista e os detalhes de sua trajetória, você lê aqui.
9- Júlio Medaglia
Na edição 43 , o maestro, então com 71 anos, não poupa nada e ninguém na entrevista que concede ao jornalista Marcelo Pinheiro. Pontual, Medaglia critica desde a indústria fonográfica à apatia dos jovens de hoje em dia. Defende a cultura brasileira como riquíssima e é incisivo ao dizer que a música nacional passou a retroceder a partir de 1972. Com otimismo defende o papel da tecnologia na criação da música de qualidade e deixa reticente uma expectativa positiva para o futuro, mas não sem antes pisar o que ele vê como banal: “O ser humano pode até não ter caráter, mas tem muito talento. O que o difere de outros animais é que ele compensa sua loucura com a capacidade de sonhar e criar. Uma hora, esse culto à imbecilidade vai cansar. Torço muito que, com o tempo, as pessoas se cansem desse repertório medíocre que está por aí”. Leia essas e outras declarações polêmicas na entrevista completa.
10- Nelson Pereira dos Santos
O diretor de Vidas Secas e Rio 40 graus relembra, aos 83 anos, as contribuições do Cinema Novo, movimento do qual endossou ao lado de Glauber Rocha, da participação do Estado ao apoiar o cinema brasileiro e defende o cinema após a retomada, fase que marcaria a produção nos anos 1990. Lúcido e articulado, Nelson vê com bons olhos a produção atual e ao avaliá-la não deixa o orgulho de lado: “A coisa mais bonita é ver, hoje, a pluralidade do nosso cinema”. Leia a entrevista completa aqui.
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