13 de julho de 1994. Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos. Há 15 anos, Carlos Alberto Parreira vivia momentos de expectativa. Em poucas horas, teria o penúltimo obstáculo para tirar a seleção brasileira do jejum de 24 anos sem título de Copa do Mundo. A semifinal contra os suecos, adversários duros no 1 a 1 da primeira fase da Copa, começaria às 16h30, horário local, 20h30 no horário de Brasília. E a agonia de Parreira para dizer “Estou numa final de Copa do Mundo” duraria mais 80 minutos após o apito inicial do colombiano José Torres Cadena. Aos 35 minutos do segundo tempo, o cruzamento de Jorginho encontrou a cabeça de Romário, que calou o abobado Thomas Ravelli, goleiro da Suécia. O Baixinho e o Brasil inteiro abriram os braços para soltar o grito entalado de gol. Carlos Alberto Parreira estava na final da Copa do Mundo de 1994. Quatro dias depois, entrou no seleto clube de técnicos campeões do mundo com a seleção brasileira (até então com três nomes).
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13 de julho de 2009. Rio de Janeiro, Brasil. Hoje, Carlos Alberto Parreira vive momentos de tristeza. Há cerca de algumas horas, encerrou aquele que talvez tenha sido seu último suspiro como treinador de futebol. Uma carreira que começou como auxiliar de preparação física no Brasil tricampeão em 1970 e que hoje tem um melancólico final. A derrota em casa por 1 a 0 para o Santo André, no domingo, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, foi o 24º jogo da terceira passagem do técnico pelas Laranjeiras. E a agonia de Parreira começou logo aos três minutos, com o gol contra de Wellington Monteiro, durou até o final da partida, confirmada a sua sétima derrota em 24 jogos com o tricolor carioca. As vaias da torcida soaram. Carlos Alberto Parreira foi demitido do Fluminense.

Duas histórias bem distintas de um mesmo dia, com o mesmo personagem.

Em 15 anos, o tempo mudou muita coisa no mundo e também envelheceu Carlos Alberto Parreira.

Principalmente porque ele perdeu o entusiasmo pelo futebol. Há tempos…

Em 2006, já cansado do futebol, perdeu-se com a farra de desorganização da seleção na Alemanha.

Não arrumou o time, escalou errado, aceitou os treinos-baladas e as baladas dos medalhões. Uma mancha na já tão contestada carreira de técnico de futebol.

Agora, parece o fim do defensivo, retranqueiro e teórico Parreira, que tantos adjetivos negativos recebeu ao longo da carreira.

No entanto, seu epitáfio para o futebol será sempre incontestável: campeão do mundo com a seleção brasileira.

Fato que nem 15, nem 150, nem 1.500 anos vão tirar do currículo de Carlos Alberto Parreira.


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