Meus caros, uma verdade precisa ser dita: nunca tantos se divertiram tanto, em tão pouco tempo, quanto nas últimas semanas, nas várias festas de celebração de aniversário da The Week, em São Paulo. São seis anos da casa noturna. Um desfile de DJs internacionais deu um toque de ONU aos eventos, para os quais vieram Offer Nissim, de Israel, Paul Heron, da Inglaterra, Chris Cox, dos Estados Unidos, Lydia Sanz, da Espanha, e a lista segue, cansaria vocês mencionar todos aqui. Esses são alguns dos principais nomes da música eletrônica mundial de hoje, e certamente abrilhantaram a balada, embora estejam, ao meu ver, no mesmo patamar de excelência que os residentes da casa: Cecin, aquele Renato maravilhoso, que vem com boné junto; João Neto, o pernambucano fofo; Paulo Pacheco, lindo; Graziane, a pérola negra que saltou do banco de hostess para as pick-ups; Morais, campeão da pista 2, e todos os outros da casa, tão fantásticos quanto esses, mas que vieram depois, como Bruno, Leandro, Vlad – não tenho espaço para falar de tanta gente.
A The Week mudou a noite paulistana trazendo-lhe, principalmente, profissionalismo. Nós vivíamos com pouco, esperávamos nas filas da Ultralounge, nos comprimíamos na Sogo, achávamos a Level o máximo, e isso nos parecia suficiente. Foi quando eles abriram, e a noite mudou. Eu fui à festa de inauguração, na qual ficamos todos na lama, literalmente, pois a praça ao ar livre era de grama, e choveu, vocês imaginam o estado de nossos tênis e sapatos caros ao amanhecer. Ninguém ligou. Um bando de gente foi fazer xixi atrás dos arbustos da cerca. Na semana seguinte, encontraram ali uma fileira de mictórios. As surpresas semanais são a cara da The Week.
Inicialmente a casa recebia quase que apenas gays, mas, aos poucos, os héteros perceberam: “Hei, eles se divertem mais do que nós!”. Hoje em dia, o público é absolutamente misturado, gays e héteros dividem o espaço. No último sábado, lá estavam Christiane Pelajo, Adriane Galisteu, Alexandre Frota. Preta Gil já deu vários shows. Lá, sexualidade não é requisito algum. Essa receita de sucesso catapultou a casa para as melhores pistas do planeta, organizando festas em Londres, Paris, Barcelona, Buenos Aires e Amsterdã. Ali, na Rua Guaicurus, eu fui ouvir Paul Heron, e me senti em Londres. Ouvi Offer Nissim, em um set espetacular, cabalístico e sefardita, e me senti em Israel. Muitos não vivem mais sem a The Week, outros adoram detestá-la, mas ninguém pode negar: ela foi um divisor de água na balada paulistana. Ficaram curiosos? Pois confiram vocês mesmos, não tenham medo dos gays, nem dos héteros, e comentem nesse blog. Abraços do Cavalcanti.
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