88% da Mata Atlântica não é mais original

Em meio ao Rio+20 e a outras diversas conversas paralelas que visam alternativas para um desenvolvimento mais amigável com o planeta, o IBGE divulgou, nessa segunda-feira, dia 18 de junho, a pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2012, que entre outras revelações, traz o preocupante índice de desmatamento nos diferentes biomas brasileiros.

A Mata Atlântica, que atravessava 16 estados, foi o bioma mais afetado. Dos De 1,8 milhão km² de área original, hoje se vê apenas 149,7 mil km², o desmatamento foi de 88%. O Cerrado, segundo maior bioma do País, perdeu pouco menos da metade de sua formação original, 49,1%. Entre os estados que apresentam esse tipo de vegetação, São Paulo é o que se destaca negativamente, tendo devastado 90% de área de Cerrado original presente em seu território.

O Pampa, bioma que se limita ao estado do Rio Grande do Sul, apresentou 54% de desmatamento da área genuína, índice apenas inferior ao da Mata Atlântica. Ocupando boa parte da região Nordeste e se estendendo também para a região Norte, a Caatinga perdeu também foi bem desmatada, de seus 826,4 mil km² virgens, 45,6% não são originais.

No destaque positivo, o Pantanal, que tem seus 150,4 mil km² de área divididos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ainda preserva cerca de 85% de sua mata ainda intocada.

A pesquisa ainda explica que os problemas do desmatamento são maiores do que se imagina, além dos danos ao solo e aos recursos hídricos, as emissões de gás carbônico na atmosfera aumentam consideravelmente. Outo ponto citado é a desregrada intervenção na fauna e flora, o que acaba colocando em risco a longevidade de diversas espécies que têm nesses diferentes biomas seu habitat natural.


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