São Paulo ganha mais 19,8 km de corredores de ônibus, e pesquisa mostra que população aprova

Boas notícias para o transporte público paulistano na semana da mobilidade. No mesmo dia em que a cidade ganhou 19,8 km de novas faixas exclusivas, nesta segunda-feira (16), pesquisa Ibope encomendada pela Rede Nossa São Paulo revelou que os corredores de ônibus criados pela gestão Fernando Haddad (PT) têm aprovação de 93% da população.

Com os novos trechos implantados, a “Operação Dá Licença para o Ônibus” passa a contar com 169,9 km. A meta da administração municipal é totalizar 220 km até o fim de 2013. As maiores extensões de exclusividade foram instaladas nas avenidas Jacu-Pêssego/ Nova Trabalhadores (6,2 km), Sapopemba (4,4 km) e no eixo das avenidas Regente Feijó, Eduardo Cotching e João XXIII (5 km). Há ainda trechos novos no Ipiranga, na rua Paes Leme, no viaduto Capitão Pacheco e Chaves, entre outros.

Números positivos

A aprovação revelada pela pesquisa (que ouviu 805 pessoas, com margem de erro é de 3%), vem até mesmo de usuários de transporte privado, que totalizaram 27% dos entrevistados. Mesmo perdendo uma faixa para priorizar o transporte público, 61% se dizem dispostos a não usar mais o carro caso haja uma boa alternativa de transporte público.

De acordo com o estudo, para 69% o trânsito é ruim ou péssimo. Constatou-se também que o paulistano gasta, em média, 2h15 minutos no trânsito, todos os dias. Com isso, as medidas como: pedágio urbano e rodízio de dois dias apresentaram uma aprovação maior em relação aos anos anteriores em que ocorreram pesquisas.   

Essa é a 7ª edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana e, desta vez, ela traz como novidades questões relacionadas às manifestações ocorridas em junho em todo o País.  A respeito da “tarifa zero”, 46% dos entrevistados disseram que a medida é “possível e viável”, e deveria valer para todos. Para 29%, o benefício deveria valer somente para estudantes e desempregados. E 21% acham a medida inviável. 

Em relação ao aumento do preço da gasolina para subsidiar a redução da tarifa, 53% de todos os entrevistado que utilizam o transporte privado se manifestaram contra e 45% aceitariam a condição. Entre os que não utilizam carro, o resultado é o inverso: 53% a favor e 41% contra.