A “Brazuca” vai rolar em 2014

Escolhido o nome da bola oficial da Copa do Mundo de 2014, a pelota que irá rolar nos gramados brasileiros será a “Brazuca”. Pela primeira vez na história do torneio o nome da bola foi escolhido através de votação aberta na internet, “Brazuca” recebeu pouco mais de 70% dos mais de 1 milhão de votos deixando para trás a “Carnavalesca” e a “Bossa Nova”. O anúncio do nome mais votado saiu nesse domingo, 2 de setembro e quem teve a honra foi o ex-lateral Cafu, único jogado da história a disputar três finais de Copa do Mundo, 1994, 1998 e 2002, tendo sido campeão em duas delas.

De acordo com comunicado oficial da Fifa, “brazuca é um termo informal, utilizado pelos brasileiros para descrever o orgulho nacional pelo estilo de vida do país. Simboliza emoção, orgulho e boa vontade com todos, de forma semelhante à abordagem local ao futebol”.

A Adidas, responsável por produzir a bola da Copa desde 1970, ainda não revelou o desenho da Brazuca.

Confira todas as bolas das Copas do Mundo desde que elas começaram a ser produzidas especialmente para o mundial.

1970 – Telstar – México
A Telstar foi a primeira bola oficial da Copa do Mundo. Em Copa disputada no México, apesar da beleza e da inovação que rolava nos gramados, a Telstar acabou virando coadjuvante, que brilhou mesmo naquele ano foi Pelé, protagonista da seleção canarinho tri-campeã do mundo.

 

 

 

1974 – Telstar – Alemanha
A Telstar agradou tanto que, quatro anos mais tarde de ser apresentada pela primeira vez, foi novamente a escolhida para ser a bola de uma Copa do Mundo, dessa vez na Alemanha. O modelo foi basicamente o mesmo, com gomos pretos e brancos. Apesar de a dona de casa ter levado o título, quem encantou em 1974 foi a Holanda de Johan Cruyff, batizada como Laranja Mecânica pela alta mobilidade de todos os jogadores, que se revesavam entre eles em todas as posições o que muitas vezes confundia seus adversários.

 

 

1978 – Tango – Argentina
O nome da bola de 1978 foi uma homenagem ao estilo musical característico da Argentina, o país sede, o Tango. O desenho da bola era diferente da Telstar, com linhas mais arredondadas e visual mais harmonioso. Nesse ano, quem dançou o Tango fomos nós e nossos “hermanos” argentinos conquistaram sua primeira Copa.

 

 

 

 

1982 – Tango España – Espanha
Em 1982, na Copa da Espanha, o nome e o visual da bola foram mantidos, a grande novidade da Tango Espanha foi tecnológica: sua costura era impermeável, o que a deixava mais resistente a eventuais mudanças provocadas pelo clima. Com uma seleção mágica que tinha Zico, Sócrates, Falcão e companhia, o Brasil acabou sendo eliminado de forma sofrida pela Itália de Paolo Rossi, autor dos três gols italianos na vitória por 3 a 2 sobre o Brasil.

 

 

1986 – Azteca – México
Se na primeira Copa do Mundo disputada no México, em 1970, Pelé foi elevado a Rei do futebol, em 1986, de novo no país latino-americano, Maradona virou o príncipe. O argentino foi o grande craque do torneio e protagonista do bi-mundial da Argentina. A Azteca, que foi para o fundo das redes quando Maradona driblou meio time da Inglaterra e também quando ele, marotamente, deu leve soco com a mão na bola para tirar do goleiro, foi a primeira bola da história das Copas a trocar o couro por material sintético.

 

 

 

1990 – Etrusco – Itália
A novidade na Etrusco, além de detalhes que remetiam ao país sede da Copa, a Itália, era uma camada de poliuretano que a deixava ainda mais protegida da chuva. Considerado um dos piores mundiais de todos os tempos, nada mais justo do que ter a Itália e seu futebol burocrático como campeão.

 

 

 

 

1994 – Questra – EUA
A Questra foi uma bola altamente tecnológica em sua época. Se utilizando de materiais que permitiam a bola pegar velocidade em sua viagem após um chute ou cabeçada, ela foi muito criticada pelos goleiros na Copa dos Estados Unidos. Quem não deve ter boa lembrança dela também é o italiano Roberto Baggio, que perdeu o último pênalti da final. Sorte nossa e quarto título para o Brasil.

 

 

 

1998 – Tricolore – França
A Tricolore não nos traz uma boa lembrança, afinal, foi com ela que um tal de Zinedine Zidane acabou com o nosso sonho e levou a França ao primeiro título mundial de sua história, jogando em casa. A bola foi a primeira a inovar nas cores, largar o tradicional preto e branco. Branca, azul e vermelha, as cores são uma referência a bandeira da França. A novidade tecnológica foi a adição de uma camada de espuma sintética, fazendo com que o tempo de vida da bola aumentasse.

 

 

 

2002 – Fevernova – Japão/Coréia do Sul
Se de 1970 para 2002 as mudanças nas bolas foram ocorrendo de maneira gradual, como pequenas mudanças em cada nova edição, a Fevernova de 2002 quebrou totalmente os paradigmas. Com um desenho futurista, a bola não agradou os mais conservadores. Mas parece que agradou muito a seleção brasileira. Felipão e seus comandados chegaram no continente asiático desacreditados, foram crescendo de vitória em vitória e acabaram voltando para o Brasil com o pentacampeonato. Na final, 2 a 0 em cima da Alemanha com dois gols do Fenômeno Ronaldo e seu cabelo estilo Cascão.

 

 

 

2006 – Teamgeist – Alemanha
Em 2006, na Alemanha, a Teamgeist (espírito de equipe) inovou nos gomos. Esse modelo não trazia forma tradicional dos gomos, hexagonais, ela formada por apenas 14 gomos, se tornando mais lisa e com menos pontos de contato. Além disso, cada jogo tinha sua edição especial, com a data do jogo e os nomes das seleções que se enfrentariam. Mais uma vez o Brasil esbarrou na França de Zidane e caiu nas quartas-de-final. Na decisão, Zidane perdeu a cabeça e o zagueiro italiano Materazzi a achou, em seu peito! O francês agrediu o italiano e acabou sendo expulso, não podendo ajudar sua seleção que acabou perdendo o título nos pênaltis.

 

 

2010 – Jabulani – África do Sul
Jabulani, ou celebração em Bantu, um dos dialetos falados no país sede, foi a bola escolhida para a primeira Copa do Mundo realizada em continente africano. Muito colorida, a bola também não agradou muito os boleiros, que falavam que ela podia tomar direções estranhas após o chute. Além da Jabulani, a Copa de 2010 foi também a Copa das vuvuzelas, as infernais cornetas que soavam durante o decorrer dos 90 minutos de todas as partidas nos estádios sul-africanos. Haja fôlego. Foi também o ano de a Espanha entrar de vez na lista das grandes seleções mundiais, se sagrando campeã do mundo pela primeira vez em sua história.


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