Durante a Festa Literária de Paraty, em julho de 2011, a Brasileiros presenciou o reencontro de três ceramistas, que, na década de 1970, se conheceram na cidade litorânea. Eles eram Dalcir Ramiro, Toshiyuki Ukeseki e Kimi Nii. O encontro foi determinante e embrionário para cada um deles.
Na época, o paratiense Dalcir trazia na bagagem experiências de Cunha, cidade serrana do interior de São Paulo, vizinha de Paraty, e um dos principais polos ceramistas do Brasil. O japonês Toshiyuki era experiente na técnica do noborigama, que, aliás, ajudou a difundir na cidade paulista em que Dalcir fazia suas incursões artísticas. Kimi Nii acabara de se formar em desenho industrial e tinha pouco contato com a cerâmica.
Presenciar o reencontro dos três artistas em Paraty foi uma forma de vivenciar o ritmo de trabalho dos ceramistas. Em um casarão colonial, onde Dalcir mantém seu ateliê, os três trocavam experiências como, provavelmente, fizeram na década de 1970. A diferença, claro, era a maturidade de cada um deles, expressa, entre outras coisas, em um livro retrospectivo da obra de Kimi, que será lançado hoje à noite, 8 de fevereiro, em São Paulo – convite ao lado.
A artista, nascida em Hiroshima, no Japão, apenas dois anos após o ataque americano, imigrou para o Brasil aos 9 anos. O encontro em Paraty, que foi um dos marcos iniciais da sua carreira, culmina hoje com o lançamento do livro no Instituto Tomie Ohtake, que também é responsável pela edição da publicação. Com textos do crítico Antônio Gonçalves Filho, o livro perpassa todas as mudanças e vertentes do trabalho de Kimi Nii. O vídeo abaixo traz imagens do reencontro dos artistas, one a artista falou um pouco sobre o começo de sua carreira.
SERVIÇO
Kimi Nii
Instituto Tomie Ohtake
8 de fevereiro, às 19 horas
Av. Faria Lima, 201
(11) 2245-1900
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