Meus caros, lá venho eu com os britânicos de novo. Dois de meus últimos posts foram sobre eles, com Gareth Thomas e Alexander Mcqueen, e aqui estou de volta, pois o Papa Bento XVI decidiu ir à Inglaterra para uma visita protocolar. O eterno conflito entre Vaticano e Igreja Anglicana nunca se resolveu, mas, adultos que são, Papa e Rainha continuam a conversar civilizadamente. Lógico que a militância homossexual britânica se mobilizou para impedir a visita, pois o Santo Padre insiste em nos mandar para o inferno, dizendo que casamento homossexual é a ruína da sociedade, que gays e igreja são incompatíveis, todas aquelas acusações que conhecemos bem. No Reino Unido, a união civil entre homossexuais é legalizada, eles se unem e se separam sem trauma nenhum. Já tivemos até mesmo a bênção da Igreja Anglicana para a união de pastores homossexuais, pois, na terra de Lilibeth, os sacerdotes podem se casar desde Henrique VIII, e nenhuma das pedras da catedral desabou – ou foi jogada sobre suas cabeças. Vale lembrar que a rainha é a guardiã constitucional da Igreja Anglicana, e cumpre muito bem seu papel. Parece confuso mas não é. A Igreja Anglicana provou que é compatível com a homossexualidade. Portanto, sua santidade não é exatamente bem vinda à aquela ilha.
Parece provocação, mas o cantor Elton John, que ganhou da rainha o título de Cavalheiro do Império Britânico pela maravilhosa carreira na música pop, declarou ontem que Jesus era gay. Só faltava essa para entornar o caldo, ainda mais depois de meu post de ontem, é coisa demais para ilha de menos. Sir Elton, que é casado com um homem, não mediu palavras, disse: “Jesus era uma pessoa cheio de compaixão, um homem gay super inteligente que entendeu os problemas da humanidade. Na cruz, Jesus perdoou as pessoas que o crucificaram. Jesus quis que fôssemos amorosos e clementes.” Sou eu que estou provocando? Não, nem o velho Cavalcanti ousaria tanto.
Deixe um comentário