A hora da reconstrução

Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo, ao viajar para o Ocidente, chegou a uma grande ilha, que mais tarde passou a se chamar Hispaniola e hoje é dividida entre dois países – a República Dominicana e o Haiti. Depois da chegada do navegador genovês, os espanhóis ali se estabeleceram. Até que, em 1697, foi assinado o Tratado de Ryswick, que determinou a passagem do controle da ilha para a França (em 1809, a área da atual República Dominicana voltou às mãos espanholas). O Haiti tornou-se independente em 1o de janeiro de 1804, às 7h17 – considerada sua data de nascimento. Desde aqueles dias até os de hoje, o país vive numa precariedade não só material, mas de respeito aos direitos humanos, com um Estado corrupto, tragado pelo caos.

O terremoto de 12 de janeiro, de magnitude 7 na escala Richter, atingiu o Haiti às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, foi o mais forte a ocorrer no país.

O mapa astrológico do Haiti tem cinco planetas em Capricórnio (Marte, Quíron, Sol, Mercúrio e Vênus), os quatro primeiros formam um stellium ou agrupamento de planetas em conjunção na casa 12 – ligada a perdas, sofrimentos e provações. Saturno também tem um papel importante. Ele forma um quadrado exato com Marte, o que provoca tensão, pois Marte significa o poder militar e a autodefesa de uma nação. Saturno também forma um quadrado com Quíron e com o Sol, explicando as constantes dificuldades que o país enfrenta. Uma oposição da Lua (o povo) com Plutão pode mostrar a violência constante a que está sujeita sua população.

O Haiti, neste momento, passa por um retorno de Saturno (voltando ao mesmo grau do dia de sua independência), em 3 graus de Libra, assim como um quadrado com Plutão em trânsito em Capricórnio. Plutão também está formando uma conjunção exata com Marte radical. Esses aspectos implicam uma energia bombástica: trata-se de um poderoso alinhamento que provoca tensões e rupturas, exigindo um esforço muito grande para a reconstrução. Além disso, a Lua progredida faz uma conjunção com Plutão radical do país, acentuando a transformação profunda por meio de mortes e perdas.

A revolução solar do Haiti mostra o Ascendente em conjunção com o Ascendente radical e um stellium em Capricórnio na casa 12 (aquela casa das privações e provações) em oposição à Lua. Este mapa é bastante semelhante ao mapa radical do país, como se, de novo, estivessem sendo anunciados morte e renascimento. Tal fato é reforçado pelo trânsito de Plutão sobre o Sol e demais planetas em Capricórnio do mapa radical, e depois pela entrada deste no Ascendente, vindo a redefinir o projeto do país na próxima década.

O papel dos eclipses
Outro aspecto a observar são os eclipses: eles estão associados a grandes acontecimentos. O eclipse da Lua em Câncer, em 31 de dezembro de 2009, ocorreu minutos depois do horário de aniversário do Haiti, fazendo uma oposição quase exata ao seu Sol. Além de tudo isso, Saturno (o estruturador), Plutão (o transformador) e Urano (a mudança) formarão aspectos entre si no céu, afetando pontos sensíveis no mapa astrológico do Haiti nos próximos anos.

Olhando o mapa astrológico do dia 12 de janeiro de 2010 às 16h53 em Porto Príncipe, logo se percebe aspectos de destruição e perda: a casa 8 (ligada à morte) apresenta três planetas em Aquário (Júpiter, Quíron e Netuno). Mas esse mesmo aspecto também pode reforçar a possibilidade de transformação não só desse país, mas de uma nova consciência global, com a união dos povos em torno da reconstrução do Haiti.

Na 40a edição do Foro Econômico Mundial, em Davos, Suíça, que reúne as lideranças políticas e econômicas do mundo, foi incluída uma sessão plenária especial. Ela será centrada na reconstrução do Haiti. Em breve, poderemos conferir os resultados.


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