Meus caros, depois do recente sucesso do cinema nacional, que me entusiasmou tanto (e Tropa de Elite 2 nem estreou), o que agora me trouxe certo alívio, me fez acreditar mais nesse País, foi ver que o livro 1822, de Laurentino Gomes, lançado há poucos dias, já vendeu cem mil exemplares, e que mais cem mil estão saindo do forno para atender à demanda. Aquela pequena parte do Brasil que lê livros está animada, e atacando. O livro é a continuação do delicioso 1808, que já vendeu seiscentos mil exemplares, conta a chegada ao Brasil de D. João VI, e nem vou comentar muito sobre ele, pois se tornou leitura obrigatória. Laurentino escreve de uma forma gostosa de ler, contando os detalhes fundamentais, que nunca ou pouco nos contaram, como os hábitos higiênicos do Rei, as tramas ao seu redor, como era realmente a vida na corte, etc. Eu não pude ir ao lançamento, na Livraria Cultura, queria um exemplar autografado, mas disseram-me que tinha tanta gente que muitos ficaram com os livros abanando. De qualquer forma já comprei o meu, final de semana para que te quero!
Assim como o primeiro livro, 1822 traz um enorme subtítulo, convidativo, que nos atrai para a leitura: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado. Quem serão esses personagens? A julgar pelo primeiro livro, esse novo deve nos mostrar a realidade tal como foi, certamente algo anos luz daquele filme horroroso com Tarcísio Meira e Glória Menezes, feito no auge da ditadura, para o sesquicentenário de 1972. Será que D. Pedro I era realmente o garanhão bonitão de que se fala? Sabemos que a maçonaria já era ativíssima naquela época, como será que influiu nos fatos? Só poderei contar-lhes daqui a alguns dias. E o autor já tem mais um livro no forno, esse para contar a Proclamação da República, portanto deve chamar-se 1889, não entendi bem quando sairá. Já disse aqui que nasci em Petrópolis, e nós, petropolitanos, adoramos ter uma família imperial. Sim, temos príncipes de verdade andando pelas ruas da cidade, eu mesmo já cumprimentei dois deles, tataranetos de D. Pedro I, e a coroa imperial, que é linda, vejam aí na imagem, está no Museu Imperial. Leiam os livros, e venham visitar-nos! Abraços do Cavalcanti.
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