Meus caros, quando André Almada se vê diante da bola, não pisa nela: chuta e marca gol. Assim foi há cerca de sete anos, quando transferiu o eixo da noite gay paulistana para a então longínqua Rua Guaicurus, criando a primeira The Week, sucesso imediato, que depois se estendeu para o Rio de Janeiro, chegou aos verões de Florianópolis, e já invade o circuito internacional, com festas em Londres, Barcelona, Paris, Buenos Aires, e por aí vai. Sou testemunha, e sei que a receita é infalível: serviço de alta qualidade, um line up de DJs de primeira, que sabem tocar a música que seu público espera, som e luzes fantásticos em duas pistas, e uma área a céu aberto no centro, com direito a piscina e tudo. A revista gay norte-americana Advocate a descreve como um estilo de vida, e o site especializado tripoutgaytravel.com, a reconhece, há mais de dois anos, como um dos cinco melhores night clubs de todo o mundo.
Pois agora o menino, sempre com o porte prussiano de seu sócio Klaus Ebone por traz, partiu para outra empreitada, e abriu uma nova casa noturna, de alto nível, na Rua Marquês de Paranaguá com Rua Augusta, levantando o astral da região. O nome já diz a que veio: The Society. Querem trazer um público requintado, que vai encontrar a deslumbrante decoração de Sig Bergamin, cujo tema remete ao final do século XIX, com lustres e mobiliário de época. O resultado é unânime, todos os que viram ficaram boquiabertos, os elogios são descarados. As quintas, sextas, e domingos, a casa é aberta ao público gay, embora não seja exigido certificado de sexualidade na entrada. Os héteros, que, enciumados com a nossa diversão, cada vez mais invadem nossa noite, não precisam se preocupar, pois aos sábados a casa nova será voltada a eles, mantendo-se a The Week como o templo sagrado que é, onde você pode se jogar, e dançar até mesmo sem camisa, sem se preocupar com o que mamãe vai saber no dia seguinte. O (un)dress code da The Society é claro, e está escrito na porta: lá não se tira a camisa, nem se entra de camiseta regata, a elegância é regra.
Pode parecer coisa demais: dois espaços, muitas noites, diferentes estilos musicais, festas variadas, mas não é, ou assim entende seu criador. De menos seria o que a já rica noite paulistana está oferecendo hoje. A partir da semana que vem, a aposta de Almada estará aberta a todos, ninguém deve perder a oportunidade de checar por si mesmo. Com certeza, será o assunto de todas as rodas da sociedade, homo ou heterossexuais, o Facebook já está congestionado. Tem (boa) novidade na noite, vamos aproveitar. Abraços do Cavalcanti.
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