Com grandes eventos abertos e gratuitos nas ruas do centro, o fim de semana promete ser movimentado em São Paulo. Para ajudar, o frio diminui e a chuva deve dar trégua. “A rua é nossa” é a frase que anuncia no Facebook a primeira das “festas”: a segunda edição do Anhangabaú da FelizCidade, no sábado. No domingo, a caminhada “Um canto de amor para Dominguinhos” desemboca em uma grande festa junina (julina) no Minhocão. Os três eventos mostram a disposição de diversos grupos da sociedade de colocar em discussão o uso democrático do espaço público e a necessidade de mobilização não só nas redes sociais, mas nas ruas.
A programação de sábado, no Anhangabaú, é extensa. São quase dez palcos com bandas e DJs tocando os mais variados estilos musicais – as atividades começam às 13h e devem seguir noite adentro. Além disso, o evento, organizado pelo coletivo Existe Amor em SP, reforça o caráter politizado que também marcou a primeira edição, em maio. “Dessa vez, queremos mostrar que, se a internet está sendo crucial para reconquistar o direito ao espaço público, as ruas também são o campo de resistência por uma internet livre”, escrevem os organizadores, que promovem debates também sobre mídia e sobre o projeto (polêmico) da FIFA para a reforma do Vale do Anhangabaú. O local pode se tornar um dos espaços usados para a exibição de jogos e outras atividades durante a Copa.
No domingo, o mestre da sanfona Dominguinhos, que morreu nesta semana aos 72 anos, será homenageado em um grande encontro de sanfoneiros, músicos, artistas e amantes do forró, que irão cantando e tocando do Vale do Anhangabaú (saída às 13h) até o Minhocão. “Um reconhecimento à alegria que o mestre Dominguinhos trouxe para a vida de cada um de nós através de sua música, do seu dom e de sua sabedoria”, escrevem os organizadores. Chegando ao Minhocão, eles se juntam a uma grande festa junina, que está marcada para começar às 12h e seguir até a noite. “A Festa Junina no Minhocão será dos cidadãos para a cidade e da cidade para cidadãos. Vamos valorizar a ação coletiva, ressaltar a função social da arte e a importância da participação social. Queremos transformar a cidade com arte e alegria e ocupar o nosso lugar no espaço público”.
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