Meus caros, se ao terminarem de ler esse post vocês me acharem tétrico, não terão me compreendido. A mensagem não é essa, muito pelo contrário. Há dias fui visitar minha taróloga favorita, pessoa maravilhosa, de incrível mediunidade, que já me ajudou em diversas passagens de minha vida. Ela usa o tarô, e se torna quase uma terapeuta, mostrando fatos, acertando pontualmente previsões futuras, mas, principalmente, ajudando-me em um processo de autocompreensão, profundo, sincero, maravilhoso. Confesso que as cartas me fascinam pela riqueza do universo que mostram, embora eu não esconda que sempre pergunto se vou ganhar dinheiro, etc. Respostas desse tipo elas até dão, mas vão muito além. Pois nessa última consulta, uma das cartas que saiu logo de cara foi exatamente a tão temida carta da morte, o arcano XIII do tarô de Marselha, também chamada de “a Ceifadora”. Antes que eu gritasse de medo, ela explicou que a carta não indica a morte propriamente dita, mas sim um momento de transformação, de renovação na nossa vida. É hora de deixar para trás aquilo que não nos serve mais, fazer uma faxina na vida, mudar por dentro, rever crenças e conceitos que não condizem mais com o momento que você está vivendo. Maravilhoso compreender isso, necessário, difícil é botar em prática. Muitas dessas atitudes são dolorosas, passam por sentimentos delicados, coisas das quais nós sempre queremos fugir. Só que eu já aprendi que não existe fuga. Ou você mesmo segura a foice e faz tudo isso, ou de duas uma: você pode ficar estagnado, não andar para frente, perder vários bondes que passarão na sua vida, ou pior, a velha da foice fará a faxina por você, e aí pode ser mais difícil e doloroso.
Eu não tenho medo da morte como fim da vida, tenho formação espiritual para isso, eu tenho mais medo é de não viver corretamente aqui na terra. Por isso a ajuda de minha taróloga foi bárbara. Se olharmos em volta, veremos que a foice tem trabalhado muito ultimamente, e não me refiro a pessoas que faleceram. Chico Xavier já nos deu respostas para essas mortes, penso sempre nos que ficam. Pensei na carta, principalmente, vendo o julgamento da Ficha Limpa. As coisas vão mudando, e eu, otimista incorrigível, acho que sempre para melhor. Isso sim é foice trabalhando. Abraços do Cavalcanti
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