A vuvuzela 2.0

Em 2010, na Copa do Mundo da África do Sul, a vuvuzela encheu a paciência de torcedores ao redor do mundo. O instrumento era tão insuportável, que arranhava os ouvidos não apenas de quem acompanhava os jogos no estádio, quem assistia pela televisão também sofria. Isso sem contar a chatice que eram os narradores e comentaristas, que, em todos os 64 jogos da Copa do Mundo, reservavam de 5 a 10 minutos para comentar fatos curiosos a respeito do maldito instrumento.

Vamos ser realistas, a vuvuzela era, na verdade, a nossa velha e chata corneta, informalmente banida do esporte brasileiro pelo bom-senso, e que na África do Sul apareceu maquiada e virou moda mundial, para a infelicidade dos sensatos.

Nos mesmos moldes da corneta vuvuzelada, o Brasil, com a presença de Dilma Rousseff, organizou evento para apresentar a caxirola, que promete ser a inimiga número 1 dos amantes de futebol na Copa do ano que vem. O instrumento nada mais é do que um chocalho, muito semelhante ao caxixi, aquela cestinha de palha que costuma dar ritmo para a capoeira. Porém, o tormento em 2014 vai vir de forma sustentável, já que a caxirola é feita com polietileno proveniente do etanol de cana de açúcar, fonte totalmente renovável.

A apresentação, que aconteceu na última terça-feira no Palácio do Planalto, em Brasília, foi marcado por “babação de ovo”, a maioria delas voltadas para Carlinhos Brown, teoricamente, o “gênio” por trás da criação da caxirola. Dilma fez questão de dizer que a caxirola é muito mais “legal” do que a vuvuzela. Em suas palavras, trata-se de “um objeto que combina imagem e som e nos leva a gols”. A gols ainda não sabemos. A loucura, pode ter certeza que ela vai nos levar!

Exagero? Pense no som de 70 mil chocalhos balançando no Maracanã… Nada agradável, no mínimo.

É amigo, haja audição!

CARLINHOS BROWN EXPLICANDO COMO USAR A “COMPLEXA” CAXIROLA


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