Aeronave deixou de ser fabricada em 2001

A Aeronave Avro RJ85. Foto: Reprodução Facebook
A Aeronave Avro RJ85. Foto: Reprodução Facebook

A aeronave que transportava a delegação da Chapecoense, dirigentes esportivos e jornalistas para Medellín, na Colômbia, e sofreu um acidente na madrugada de hoje, 29, tinha quase 17 anos e era britânica, segundo o portal espanhol Airfleets, que reúne informações sobre as companhias aéreas civis do o mundo.

O avião, um Avro RJ-85, que nasceu como British Aerospace 146, foi fabricado pela British Aerospace e tinha quatro turbinas. Possuía também asas altas e quatro pequenos motores sob elas, além de capacidade para transportar de 70 a até mais de cem passageiros.

Um de seus diferencias seria operar em pistas curtas, característica necessária em regiões com pouca infraestrutura aeroportuária ou mesmo montanhosa, como o local da queda do avião.

A aeronave, um dos principais jatos regionais das décadas de 1980 e 1990, deixou de ser fabricada em 2001. Sites especializados em acidentes aéreos afirmam que pode ter havido a possibilidade de um problema elétrico.

A aeronave da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo. A Lamia é uma empresa com sede na Venezuela e possui operações na Bolívia.

O modelo que levava o time brasileiro para Medellín foi fabricado em 1999 e entregue originalmente para a companhia regional americana Mesaba. Em 2007 foi repassado para a empresa irlandesa CityJet e chegou a voar com as cores da Air France. Em 2013, foi comprado pela Lamia. No ano passado, ele passou a voar na Bolívia.

A Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada e avalia como será sua participação na investigação do acidente e nas buscas.

Entre os sobreviventes há jogadores e uma comissária de bordo. 

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A Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de nota divulgada hoje, 29, que recusou pedido da empresa aérea boliviana Lamia para transportar a Chapecoense diretamente do Brasil para a Colômbia com base no Código Brasileiro de Aeronáutica e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre países. “O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada”, informa a nota.

A nota afirma ainda que a agência informou aos solicitantes do voo que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira ou colombiana, nos termos dos acordos internacionais em vigor.

Assim, o time catarinense voou primeiramente do Brasil para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e de lá partiu em voo da Lamia com destino a Medellín, na Colômbia. “A Anac se solidariza com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, 29/11, com o time da Chapecoense, nas proximidades de Medellín, na Colômbia”, acrescentou a agência.

A Chapecoense jogaria amanhã, quarta, 30, em Medellín, a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Nacional de Medellín. A aeronave tipo RJ85 e matrícula CP2933 era aguardada no Aeroporto Internacional José Maria Córdova, em Medellín.


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