Afinal, o que querem os roqueiros?

Como acontece em todos os anos, a conceituada revista americana Spin fez seus rankings com o que aconteceu de melhor na música mundial em 2009. A lista mais esperada sempre é a da banda ou artista do ano. Nessa edição, a honra foi dada ao grupo norte-americano de rock Kings of Leon, que inclusive já se apresentou em terras brasileiras, no TIM Festival de 2005. A edição de dezembro da revista traz uma grande entrevista com a banda, falando sobre o começo até o sucesso.
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Curiosamente, apesar de a banda já ter um nome forte no cenário internacional, foi somente em 2009 que se firmou como grupo de ponta em seu país de origem, os Estados Unidos. Como já aconteceu com Jimi Hendrix, por exemplo, o Kings of Leon foi adotado pelo público inglês.

Mas, para quem imagina que a banda está nas nuvens com o sucesso, se engana. Na Spin, o Kings mostra um certo descontentamento pelo fato de ter se tornado tão popular, ter deixado de ser cool, como dizem. Caleb Followill, o vocalista da banda, disse para revista, de maneira bem humorada: “Você percebe que fez alguma coisa errada quando aquela mulher trajando calça jeans ‘de mãe’, que não o deixava sair com sua filha, começa a gostar da sua música”, decretou.

Sobre o início da carreira, eles contaram de como era melhor tocar em pequenos bares e depois tomar uma cerveja com os fãs e agora terem de se apresentar em mega arenas, ficarem trancados em camarins colossais, onde não é permitida a entrada de ninguém.

O baixista da banda, Jared Followill, terminou explicando, na prática, por que muitos artistas acabam se perdendo no sucesso: “No primeiro ano da banda, eu ganhei US$ 500. Agora eu me sinto meio babaca de vez em quando. Você está no avião e fala ‘cara, eu estou no avião há 30 minutos e meu sushi ainda não chegou’”. Realmente, esse deve ser um problema muito difícil de lidar.

É o eterno dilema dos astros do rock, um dilema shakespeariano: “Ser ou não ser, eis a questão”. Muitos roqueiros fazem da sua vida uma caça infindável por reconhecimento e sucesso. Quando o objetivo é alcançado, percebem que nada é tão perfeito quanto o que se idealiza. Afinal, o que querem os roqueiros?


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