Aguinaldo Silva abre o verbo no Roda Viva, da TV Cultura

Aguinaldo Silva foi a estrela do programa Roda Viva, da TV Culturaontem. O autor da novela Fina Estampa, que chega ao último capítulo no dia 23, é conhecido pelas frases controvertidas e polêmicas e não deixou por menos diante das questões propostas pelos jornalistas. Abaixo, algumas das frases mais interessantes do entrevistado, recolhidas pelo crítico de TV Maurício Stycer:

“A telenovela é tratada com enorme desdém pela mídia. É preciso gostar de televisão para escrever sobre televisão. Não pode ser um inimigo do assunto.”

“Novela não é arte. É entretenimento. É uma criação coletiva, envolve 300 pessoas. Comparo novela ao jornal de ontem. É tão descartável quanto o jornal de ontem.”

“Hoje somos cinco ararinhas azuis escrevendo novela das 21h. Gilberto Braga, Silvio de Abreu, Manoel Carlos, Gloria Perez e eu. Agora entrou o João Emanuel Carneiro. Dificilmente surgirão grandes novelistas para este horário. Exige muita disciplina escrever novela”.

“Não tenho ilusões. A novela pertence ao produtor. Não é minha. Não existe na Globo o ‘faça isso, Aguinaldo’. Mas sinto que a gente é o lado negro. Se pudesse fazer novela sem autor seria melhor para eles.”

“Crô é o personagem da novela que será lembrado, para tristeza dos gays que não gostam dele. Crô acabou aqui. Não quero fazer mais. Seriado, não.”

“Os atores são muito autocentrados. Quando eles fazem novela, eles só vêem o papel deles, não vêem a novela. Minha relação com os atores é muito cerimoniosa.”

“Balzac é o pai da novela. Todo dia pego um livro e leio três ou quatro páginas.”

 


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