Claude Lévi-Strauss festeja 100 anos neste 28 de novembro de 2008. Tão longeva é sua vida quanto importante é o intelectual para a Antropologia.
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Belga de Bruxelas, criado em Paris, é considerado o fundador da Antropologia Estruturalista. Em breve resumo, o Estruturalismo diz que os significados dentro de uma cultura são produzidos e reproduzidos por meio de várias práticas, fenômenos e atividades que servem como sistemas de significação.
Lévi-Strauss tem uma ligação muito bonita com o Brasil. Enviado em missão cultural do governo da França, ele viveu no País entre 1935 e 1939. O antropólogo mergulhou na história e cultura dos povos indígenas da Amazônia e Mato Grosso.
Viver ao lado das tribos Guaycuru, Bororo, Nambikwara e Tupi-Kawahib, na Floresta Amazônica e no Mato Grosso, moldou a personalidade de Lévi-Strauss como antropólogo. A experiência no Brasil marcou Lévi-Strauss e pode se ter uma medida no livro Tristes Trópicos (Ed. Companhia das Letras, 2000), de 1955, no qual o intelectual fala sobre as sociedades indígenas brasileiras.
Em dezembro, a Editora Cosac Naify prepara dois relançamentos do autor: O suplício do Papai Noel, uma edição especial em capa dura, com tradução de Denise Bottman, além de Antropologia estrutural 1, uma nova tradução, de Beatriz Perrone-Moisés. Os livros devem estar nas livrarias no dia 11 do próximo mês.
A Editora já conta com três volumes de Mitológicas no catálogo: O cru e o cozido, Do mel às cinzas e A origem dos modos à mesa. Outros dois títulos estão relacionados ao intelectual: De perto e de longe, Didier Éribon entrevista Claude Lévi-Strauss e A inconstância da alma selvagem, de Eduardo Viveiros de Castro. Para 2009, deve vir mais por aí.
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