Alegria de verão

Foto: Ligia Helena

Amarante e Moretti se divertem no show no Clash Club, em São Paulo

Na platéia, um em cada dois homens é barbudo, numa conta malfeita de jornalista. Talvez por mera coincidência, mas não deixa de ser uma constatação em se tratando de um show com um componente do Los Hermanos. Mas não é Los Hermanos, tampouco Strokes. É Little Joy.

Um emocionado Rodrigo Amarante, a alegria contagiante de Fabrizio Moretti (baterista do Strokes) e a delicadeza e a voz de Binki Shapiro fizeram o Clash Club lotar e gostar, na primeira apresentação em São Paulo, na noite de quarta-feira (28). Com uma felicidade pela simples razão de estar ali e completamente à vontade, Moretti, Amarante e Binki cantaram, dançaram e, principalmente, curtiram o show com pouco menos de uma hora de duração. E contagiaram a todos com a alegria de criança.

“Bom demais estar aqui!”, disse o animado Amarante, surpreso com a lotação máxima antecipada da casa para as três apresentações (nesta quinta, eles tocam novamente na Clash e finalizam a etapa de São Paulo na outra quinta-feira, dia 5 de fevereiro, no mesmo local). Antes, vão para Belo Horizonte (30), Brasília (31) e Curitiba (4 de fevereiro). Dia 6 é a vez do Rio de Janeiro, terra de Amarante, que certamente terá recepção calorosa, e finalizam a turnê brasileira em Recife, no dia 7.

Se Amarante era muita animação e emoção, Moretti não se continha. “Vocês não têm noção de como é muito bom estar tocando aqui”, já à vontade sem as baquetas na mão, guitarra em punho, soltando a voz, feliz talvez pelo protagonismo longe do Strokes. Mas, quando a afinadíssima Binki entrava em cena, como nas músicas “Don’t watch me dancing” e “Unattainable”, o público se acalmava e admirava. Moretti e Amarante tratavam de romper o silêncio com a mistura Hermanos + Strokes, como na roqueira “Keep me in mind”.

No meio do repertório, dois covers: “Walking Back to Happiness”, da cantora britânica Helen Shapiro (sem parentesco com Binki) e “This Time Tomorrow”, do Kinks, com vocais de Moretti (“Eu não sei cantar”, brincava).

Prevaleceu, no entanto, a química californiana do trio (sexteto no palco), com o estilo reggae-folk-rock-anos 60, em canções como “No One’s Better Sake”, “Brand New Start” e “The Next Time Around”. Na única música em português, um momento de Amarante solo, com “Evaporar”. Bela letra, bela melodia.

Uma grande celebração, que certamente já cativou um novo fã-clube, assim como nos casos do Los Hermanos e do Strokes: seguidores do Little Joy. Por mais que a banda seja uma pequena alegria de verão.

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