Aplicativo brasileiro de inclusão social concorre a prêmio da ONU

Foto Reprodução

Hugo, personagem criado para auxiliar os usuários do Hand Talk

Um aplicativo para dispositivos móveis criado por três brasileiros está entre os finalistas do WSA-mobile, prêmio internacional promovido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) que será realizado entre os dias 3 e 5 de fevereiro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. As informações são do portal G1.

Criado pelos alagoanos Ronaldo Tenório, de 26 anos; Carlos Wanderlan, de 30 anos; e Thadeu Luz, de 27 anos, o Hand Talk (mãos que falam, em tradução livre) traduz textos, sons e imagens para a linguagem de libras, auxiliando assim a inclusão social de deficientes auditivos no mundo da tecnologia móvel.

Ao todo, o WSA-mobile teve 435 aplicativos de 102 países inscritos. Além do Hand Talk, o MyFunCity é o outro dos dois únicos representantes brasileiros. A escolha do melhor aplicativo é feita através de votação no site da WSA, que selecionou 40 finalistas para a escolha do público.

Classificado entre os finalistas, o Hand Talk concorre com outros quatro projetos na categoria Inclusão Social. O projeto será apresentado em um workshop do evento no dia 4 de fevereiro. O resultado da votação será revelado no dia 5. O WSA-mobile é considerado o Oscar das premiações para aplicativos.

Desenvolvimento e mercado

Criado com base em tecnologia 3D, o Hand Talk apresenta Hugo, um boneco que funcionará como interlocutor entre o app e seus usuários. Desenvolvido após estudos em linguagem corporal realizado por seus criadores, o Hugo permitirá que os deficientes auditivos selecionem as informações em texto, som e imagem que serão traduzidas para a linguagem de libras.

No entanto, os criadores fazem questão de ressaltar que o aplicativo não é apenas um dicionário ou tradutor para libras. Segundo eles, o programa funciona através de uma biblioteca de animação que reúne mais de 300 palavras. Um recurso também permitirá ao aplicativo reconhecer caracteres em imagens, outdoors e placas, que serão assim convertidos para compreensão dos deficientes auditivos.

Para desenvolver o programa, os criadores tiveram o auxilio de deficientes auditivos, permitindo que o app fosse aperfeiçoado de acordo com as necessidades de seu público-alvo. A ajuda por parte dos futuros beneficiários também foi aplicada na tradução das palavras de português para a linguagem de libras.

O projeto agora está em seu estágio final e deve ser lançado no mercado em agosto deste ano. De acordo com um de seus criadores, o Hand Talk será gratuito e poderá ser disponibilizada em locais públicos e em outros sistemas além dos dispositivos móveis. Para isso, os alagoanos negociam com potenciais clientes, como bancos e secretarias de Educação, para que o projeto possa continuar sendo desenvolvido e aprimorado.


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