Aqui é trabalho!

Depois de cinco anos, a torcida tricolor pôde soltar novamente o grito de “É Muricy!!”. O técnico foi contratado na segunda-feira, dia 9, para tentar apagar o incêndio causado pela diretoria do São Paulo, e logo na reestreia, nesta quinta, venceu a Ponte Preta e igualou a marca de Telê Santana como o treinador com maior número de vitórias no clube (198).

Nome mais citado pelos torcedores desde a saída de Ney Franco, o técnico Muricy Ramalho, desta vez, tem uma situação totalmente diferente do que já encontrou atuando na equipe paulistana. Diferente de 2006, 2007 e 2008, anos em que o clube venceu o título nacional, este ano o São Paulo sofre a pior crise de sua história. Atualmente a equipe está na 18ª colocação do Campeonato Brasileiro e há pouco tempo viu a maior sequência de derrotas desde sua fundação em 1935.  

O técnico ganhou o carinho da torcida após conquistar o tricampeonato seguido pela equipe e por sua grande filosofia de trabalho, vendo o futebol através de estatísticas e mirando apenas os três pontos em cada partida – deixando o futebol bonito em segundo plano. A formação ideal que encontrou para sagrar o time campeão foi usando três zagueiros e o famoso “chuveirinho”.

Mesmo com dois dias para treinar a equipe, Muricy já mandou um recado de que mudanças na formação tática serão efetuadas. Na partida de ontem, contra a Ponte Preta, o técnico escalou a equipe com três zagueiros pela primeira vez no campeonato e deu qualidade no meio campo colocando Maicon após sacar um volante. O resultado foi magrinho (1 a 0), mas para Muricy, foi uma goleada, levando em consideração o momento em que a equipe vive.  

Com a vitória sobre a Macaca, o Tricolor segue na 18ª posição, mas pode deixar a zona de rebaixamento na próxima rodada em caso de vitória sobre o Vasco e uma combinação de resultados. O São Paulo volta a campo no domingo, diante do Vasco, em São Januário.

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Em 2009, Muricy concedeu uma longa entrevista para a Brasileiros, e foi capa da edição 19 da revista. O treinador conversou com Fernando Figueiredo Mello, Hélio Campos Mello e Ricardo Kotscho, e falou sobre variados assuntos. Leia aqui