Arcebispo de Buenos Aires, o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito o novo papa nesta quarta-feira, dia 13. O novo sumo pontífice escolheu o nome de Francisco I para seu papado. O nome do cardeal surgiu como uma surpresa do conclave, que apontava o brasileiro Dom Odilo, o italiano Angelo Scola e o ganês Peter Turkson como favoritos ao posto.
Primeiro papa jesuíta da história, o papa Francisco I também é o primeiro latino-americano eleito sumo pontífice. “Vocês sabem que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma e parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo lá, quase no fim do mundo. Mas aqui estamos”, disse bem-humorado o novo papa na sua fala aos fiéis na Praça São Pedro.
“E antes de mais nada, gostaria de fazer uma oração para o nosso bispo Emérito Bento XVI. Oremos todos juntos por ele para que o senhor o abençoe e que nossa senhora o receba”, disse ele antes de rezar um Pai Nosso. “E agora vamos iniciar esse caminho juntos, bispo e povo, esse caminho da igreja de Roma, que reside na caridade em todas as igrejas. Um carinho de fraternidade, de amor, de confiança mútua entre nós. Vamos sempre orar uns pelos outros. Vamos rezar pelo mundo todo para que haja uma grande fraternidade. Desejo que esse caminho que hoje iniciamos e no qual me ajudará meu cardeal vigário aqui presente, seja profícuo na evangelização dessa grande cidade. E agora gostaria de dar a benção, mas antes quero pedir um favor. Antes gostaria que vocês rezassem pedindo a Deus que me abençoe”, encerrou ele.
Homem simples
De acordo com o jornal argentino El Clarín, Bergoglio é um homem de hábitos simples. “Ele deve adotar reformas, simplificar estruturas, introduzir novas formas de tomar decisões e, acima de tudo, limpar as finanças e trabalhar pela transparência na gestão do banco do Vaticano, o Instituto de Obras de Religião (IOR)”, diz a publicação.
Também ressaltando a simplicidade do novo papa e afirmando que ele é avesso à exposição midiática, o jornal argentino La Nación cita o fato de que Francisco I vive em um apartamento modesto e costuma andar de ônibus e metrô sem ser reconhecido. Ao ser nomeado Cardeal pelo então papa João Paulo II, ele se negou a usar uma vestimenta nova, preferindo reformar a do seu antecessor, Quarracino. Em Roma, costuma usar um sobretudo negro sobre o traje púrpura dos cardeais para não chamar a atenção.
“O cardeal tem afinidades escondidas, mas muito significativas. É um aficionado por boxe e futebol. É simpatizante do San Lorenzo tendo sido, inclusive, presenteado pelo jogador Alberto “Beto” Acosta com uma camiseta do time autografada pelos jogadores. Também gosta de Tango”, disse o La Nación.
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