Queridos, está para começar o Big Brother Brasil 10. Você gosta? Se não gosta fique no seu canto, o Brasil inteiro adora, bate recordes de Audiência, você deve estar desatualizado. Eu estou, pois detesto, só acompanhei no ano em que Jean Willys ganhou, mas confesso que, naquela final, votei loucamente para que um gay levasse a taça, e chorei quando ele conseguiu. Afinal, depois do Brasileirão, é a disputa nacional de maior destaque na mídia.
A Globo sempre soube atrair audiência, enchendo o programa de meninas e meninos lindos, sempre de sunga ou biquíni, na piscina, mostrando os corpos. Os garotões eram lindos. Todos eles ganharam seus 15 minutos de fama, outros ganharam muito mais do que isso – Grazi Massafera, lindíssima, ainda faz muito sucesso, e namora (toca, beija…) ninguém menos que meu eterno escolhido Cauã Reymond. Detesto gente assim.
Dessa vez ninguém precisará investigar para saber quem são os gays da edição, pois dois dos participantes já se declararam desde o início – uma drag queen linda, chamada Dimmy kieer, e um veado performático bárbaro, chamado Orgastic. Na verdade eles se chamam Dicesar Ferreira e Sérgio Francischini. A emissora, que nunca consentiu um beijo gay numa novela, vai abrir espaço para os dois, que eu acho personagens maravilhosos. Diferentes, eles representam partes do mundo gay, mas não são a cara da comunidade, são minorias dentro da minoria. Eu acho que o diretor Boninho terá de ser muito cuidadoso, pois o caricatural dos dois não pode descambar – o potencial é grande. Os dois têm dupla personalidade, sendo a artística bastante forte e ousada. A linha entre o artístico divertido e o caricatural apelativo é tênue. A comunidade gay já luta para mostrar sua boa imagem, e pode sobrar para nós, aos olhos de uma sociedade já bastante preconceituosa. Como será? Não sabemos, mas vamos ver, e era isso que eles queriam, audiência.
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