Israel e o Hamas cumpriram hoje (6) as primeiras 24 das 72 horas de cessar-fogo. Delegações de ambas as partes estão hoje no Cairo, Egito, onde foi anunciada a trégua na segunda-feira para (4) negociarem um cessar-fogo mais prolongado tendo o Governo egípcio como mediador.
Desde o começo do conflito, no dia 7 de julho, pelo menos 1.814 palestinos foram mortos, sendo que 85% deles eram civis, segundo os dados do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). Esses números incluem pelo menos 408 crianças e 214 mulheres. Ao menos 66 israelenses foram mortos, sendo 2 civis e 64 soldados, assim como um estrangeiro em Gaza.
É estimado que durante os 30 dias da ofensiva israelense tenham ocorrido: 58,870 ataques por ar, mar e terra, dos quais 7,079 misseis aéreos, 15,546 projeteis navais e 36,245 projeteis de tanques.
O peso total estimado de munição usada em Gaza é de 22,000 toneladas. Isso fez desaparecer distritos inteiros nas partes norte e oriental de Gaza.
Depois do anúncio nesta segunda-feira (4) do cessar-fogo entre Israel e grupos palestinos, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, instou todas as partes a começar no Cairo, Egito, os diálogos por uma paz duradoura.
“Tanto os israelenses como palestinos devem lidar com os assuntos subjacentes que continuam a causar rupturas no conflito”, disse Ban. O chefe da ONU elogiou o engajamento pró-ativo da delegação palestina sob a liderança do presidente Mahmoud Abbas, dizendo que “esses diálogos são o único caminho sustentável para acabar com a violência, que já custou demasiadas vidas, e para mudar o indefensável e trágico status quo em Gaza”.
Ministra de Estado britânica renuncia em resposta ao posicionamento sobre Gaza
Sayeeda Warsi, que ocupava um alto cargo no Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, apresentou na terça-feira (5) sua renúncia ao primeiro-ministro, David Cameron, devido à política do Governo em relação à ofensiva em Gaza. “Com profundo pesar, escrevi nesta manhã ao primeiro-ministro e apresentei minha renúncia. Não posso mais apoiar a política do Governo em Gaza”, escreveu nesta terça-feira em sua conta no Twitter.
A política conservadora pede mais ação para conseguir um “cessar-fogo imediato” para evitar “a matança de civis inocentes”. Warsi ocupava as pastas do Afeganistão, Paquistão, Bangladesh, Direitos Humanos e Nações Unidas dentro do Ministério de Relações Exteriores, segundo. Por enquanto, o Ministério de Relações Exteriores não se pronunciou a respeito.
With deep regret I have this morning written to the Prime Minister & tendered my resignation. I can no longer support Govt policy on #Gaza
— Sayeeda Warsi (@SayeedaWarsi) 5 agosto 2014
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