As primeiras raquetadas

Gabriel Wanderley foi eliminado na primeira rodada da Copa Petrobras de Tênis, torneio que tem final no domingo (1º) e está sendo realizado na Sociedade Harmonia de Tênis, em São Paulo. Porém, com apenas 19 anos e pela primeira vez disputando um challenger, já é uma grande conquista para o jovem e promissor tenista. Em conversa com a Brasileiros, Wanderley lembrou o inicio de sua carreira, pouco tempo atrás, e falou sobre a importância da oportunidade que lhe foi dada para sua formação e evolução.
[nggallery id=14514]

Wanderley é um tenista literalmente da casa. Foi na Sociedade Harmonia de Tênis que começou, na brincadeira, a trocar suas primeiras bolinhas. No clube, o jovem é tratado como uma joia bruta, em processo de lapidação. “Comecei com meu avô aqui no Harmonia e fazendo clínicas com aproximadamente 7 anos de idade. Quando tinha 12, comecei a disputar alguns torneios paulistas, com 14 torneios brasileiros e com 18 passei a me dedicar exclusivamente ao tênis”, conta Wanderley, que durante toda sua juventude conciliou o tênis com os estudos. Foi só após completar o Ensino Médio que o atleta passou a fazer do tênis sua profissão.

Profissional há pouco tempo, ele não está em colocação expressiva no ranking da ATP e sua entrada na chave principal do torneio não aconteceria. Porém, como ocorre frequentemente nos torneios, o clube recebeu um wild card e o presenteado foi o prata da casa. “É muito legal você disputar um torneio com jogadores que participam de Grand Slams. É estranho, me perguntaram que horas era meu jogo e falei: é depois do jogo do Chela, é depois do jogo do Massú”, diz Wanderley, orgulhoso.

A felicidade para o jovem tenista, ainda engatinhando no mundo do tênis profissional, não poderia ser maior. Sua estreia na chave principal do torneio, contra o francês número 220 do mundo, Jonathan Desnieres de Veigy, foi na quadra central do clubes, e teve a presença de todos seus amigos e familiares. Wanderley não se intimidou, jogou de igual para igual e foi derrotado por 2 a 0 (6/3 e 6/4), mas deixou claro que esse é apenas o começo de uma promissora carreira.

Projetando um futuro próximo, o jovem tenista falou que pretende continuar somando o mior número de pontos em torneios futures, torneios menores, para que então consiga mais oportunidades em challengers como a Copa Petrobras de Tênis. Como todo campeão, ele já pensa alto. “Há dois, três anos, (Thomaz) Bellucci jogava esses torneios no Brasil e explodiu agora. Com certeza é um inspiração”. Mas, Wanderley tem os pés no chão e, com maturidade, sabe que é um processo difícil e demorado.

Quando questionado se poderia vir a largar o sonho da carreira no circuito, coisa muito frequente entre atletas que estão começando, Wanderley não hesitou: “Não, é isso mesmo que eu quero, eu estou firme e feliz”, diz, convicto. Apesar da fama interna, ele continua passando o dia inteiro no clube Harmonia, não mudou a rotina. Se não está treinando, está conferindo jogos dos outros tenistas. Sua aposta para vencer o torneio é Thomaz Bellucci, mas alertou que o equatoriano Nicolas Lapentti pode complicar a vida do brasileiro.

No fim do papo descontraído, Wanderley mostrou sua personalidade e, quando perguntado sobre a virtual possibilidade de disputar as Olimpíadas do Rio, em 2016, respondeu de primeira, num voleio certeiro: “Eu trabalho o dia inteiro para poder disputar entre os melhores e ainda tem bastante tempo para treinar”, revela.

Após o bate-papo, ele tem pressa para se levantar da mesa perto da piscina da Sociedade Harmonia de Tênis. “Para onde vai, Wanderley?” Resposta: “Treinar!”. Boa, garoto!

www.copapetrobrasdetenis.com.br


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.