Astros, princesas e vilões

Circulou pela internet o texto: “Recentemente, casamos um príncipe, beatificamos um papa, fizemos uma cruzada e matamos um Mouro: bem-vindos à Idade Média“. O príncipe casou com uma linda plebeia e, após muitas lutas, o vilão foi morto pelo mocinho. Como se explica que eventos tão radicalmente diferentes ocorram no espaço de menos de uma semana e, portanto, astrologicamente com algumas configurações semelhantes? Os trânsitos de planetas lentos, que provocam situações e movem a opinião pública, podem apontar algumas explicações.

Saturno está transitando em Libra (signo do casamento, das uniões e da beleza) e solicita, de todos, maior compromisso e respeito com o outro e com as uniões. Paralelamente, Netuno, que demora aproximadamente 164 anos para percorrer todo o zodíaco, ingressou em seu signo de regência, Peixes, no dia 4 de abril de 2011. Netuno rege o mundo abstrato, a sensibilidade, o romantismo, a intuição. Com Netuno em Peixes, é a vez do romantismo mais presente e, talvez, as pessoas desejem envolvimentos afetivos mais profundos e significativos, voltando a sonhar e querendo vivenciar grandes emoções. Netuno em Peixes pode provocar no mundo uma necessidade maior de amor filantrópico ou romântico, despertando nas pessoas uma vontade de amar e de serem amados. Todo esse movimento pode gerar relações nas quais os sentimentos mais profundos e verdadeiros estejam presentes ou, pelo menos, a vontade de viver algo assim.

O casamento do príncipe inglês acendeu uma chama de encantamento nas pessoas, e todos pararam para assistir à mais nova história de amor do mundo. A história toda foi como uma fuga em massa da realidade cinzenta para um universo de encantamento, no qual os finais felizes são possíveis. Ao materializar o conto de fadas da união entre o príncipe e a plebeia, a mais tradicional casa real do planeta encerra duas décadas de crise com uma cerimônia grandiosa que reafirma a simbologia e responde ao inconsciente coletivo que Netuno e Saturno propõem.

Mercúrio, Saturno e Bin Laden
Na noite de 1o de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama Bin Laden. O corpo do líder da Al-Qaeda teria sido sepultado no mar após passar por rituais tradicionalmente islâmicos, segundo a imprensa americana. O momento da morte é marcado por várias indicações astrológicas, uma delas é de que a Lua estava Fora de Curso. Uma Lua Fora de Curso significa que a Lua não forma nenhum aspecto com outros planetas antes de entrar no próximo signo. Isso significa um evento no qual, na realidade, nada acontece. Teria sido o assassinato apenas uma encenação? As chances são poucas de que saibamos a verdade.

Outras importantes informações podem ser dadas a partir do mapa desse evento. O ascendente caiu no signo de Aquário e Urano, seu regente, e mais cinco planetas estavam no bélico signo de Áries. Urano está ligado a eventos inesperados. Júpiter (expansão) e Marte (violência), também em Áries, formavam um aspecto exato. As manifestações após a morte trouxeram consigo não o sentimento de encantamento gerado pelo casamento real, mas um clima de libertação de um ódio insaciável por vingança. Esse aspecto (Marte-Júpiter em Áries) mostra também que a verdade é menos importante do que o objetivo da informação. Mercúrio, o planeta da comunicação, em oposição a Saturno (impedimentos) e semiquadrado a Netuno (nebulosidade), mostra o que realmente aconteceu em conflito com o que foi relatado. De fato, Bin Laden já foi muitas vezes apontado como morto, mas agora a importância de sua morte ganha contornos especiais com a popularidade de Obama em baixa. A morte do líder da Al Qaeda elevou em 9 pontos sua taxa de aprovação.

Devemos ter em mente que a entrada definitiva de Urano, o planeta do inesperado, da liberdade e da turbulência em Áries, no dia 11 de março, trouxe como possibilidades tsunamis, terremotos, erupções vulcânicas e muitas revoluções que irão até 2018. Também o quadrado de Urano em Áries com Plutão em Capricórnio e Saturno em Libra cria uma tensão entre a expressão da liberdade (Urano) e o poder estabelecido (Plutão e Saturno).


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