A queda do jatinho que levava o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e sua equipe até Guarujá, com parada em Santos, chocou o país nesta quarta-feira (13). A aeronave Cessna 560XL Citation, de prefixo PR-AFA, estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Quando se preparava para pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato. O avião caiu a altura do número 136 da Rua Alexandre Herculano, em Santos.
Um áudio captado entre a aeronave e a torre de comando revelou o comunicado do piloto, momentos antes do acidente: “Controle São Paulo, Papa Romeo Alfa Fox Alfa vai fazer a Echo Uno da pista 35… vai fazer o bloqueio de Santos e o rebloqueio, ok?”.
“Echo Uno” é um procedimento de aterrissagem, que no caso da Base Aérea de Santos, se o piloto não avistar a pista até 700 metros de altitude, ele deve arremeter. O número 35 é a identificação de uma das duas orientações da única pista da Base Aérea de Santos, a outra, a do sentido contrário, é a de número 17.
Bloqueio e rebloqueio referem-se a passagem da aeronave sobre NDB (non-directional beacon) que é um auxílio à navegação, um transmissor de sinais de radio, um referencial para procedimentos de aterrissagem. Testemunhas disseram que naquele momento a visibilidade ficou extremamente prejudicada no local. Ainda não se sabem as causas do acidente.
Além do candidato à Presidência, outras seis pessoas que estavam no avião também morreram. São elas: Carlos Augusto Percol, assessor de imprensa; Marcelo Lira, diretor de fotografia; Alexandre Severo, fotógrafo; Pedro Valadares Neto, assessor; e os pilotos, Geraldo da Cunha e Marcos Martins.
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