Ayres Britto: “Condenação tem gosto de jiló”

O presidente do Supremo tribunal federal, Ayres Britto, encerrou a primeira fase do julgamento do mensalão nesta quinta-feira, dia 30. Com o voto do ministro, os cinco primeiros réus foram condenados. Com uma postura que acompanhou o relator do caso, Joaquim Barbosa, Britto condenou por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, o empresário Marcos Valério e seus sócios – Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.

No seu voto, o ministro afirmou que os fatos não deixam dúvidas da culpa de todos os cinco réus. “Eu concluo que o conjunto probatório deste processo confirma a trama delitiva da denúncia da ação penal como um arrematado esquema de desvio de dinheiro público. O Ministério Público conseguiu desempenhar a contento o seu ônus de provar em juízo as imputações feitas aos réus dessa ação penal do item 3. Confirmo a moldura factiva que me leva a corroborar o juízo do voto do ministro Joaquim Barbosa”, disse.

No início da sua explanação, Ayres Britto fez uma brincadeira parafraseando o colega Cesar Peluso, que ao expor seus votos na última quarta-feira disse estar com um “gosto amargo na boca”. “Nordestinamente falando, seria gosto de jiló, gosto de mandioca roxa, gosto de berinjela crua”, disse Britto.


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